Rogério Ceron rebateu as críticas de quem acusa o governo de fazer "contabilidade criativa"Reprodução/Ministério da Fazenda
Discussão de precatórios não contamina questão de metas fiscais para 2024, diz Ceron
Secretário do Tesouro Nacional destacou que pedido de crédito extraordinário não abre espaço para gastos do governo
São Paulo - O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quarta-feira, 27, que a proposta do governo federal para alterar o regime de pagamento de precatórios não contaminará a discussão sobre o cumprimento das metas fiscais previstas no novo arcabouço.
"Essa discussão não contamina em absolutamente nada a questão sobre as metas fiscais para 2024. Eu até topo fazer essa discussão após o envio da proposta orçamentária, para não misturar", afirmou, em entrevista à GloboNews. "Está muito claro na petição que ele não vai gerar qualquer tipo de espaço fiscal."
Ceron defendeu que a abertura de crédito extraordinário pedida pelo governo, na ordem de R$ 95 bilhões, representa o "valor exato" necessário para pagar o estoque de precatórios. "Justamente para não ter esse risco de alguém falar que isso é algum tipo de tentativa de abertura de espaço fiscal", afirmou.
Sobre críticas que acusam o governo de propor um modelo de "contabilidade criativa" na questão dos precatórios, o secretário do Tesouro defendeu que o termo representa falta de conhecimento sobre o assunto. "Quando você não tem a densidade, a profundidade para discutir o assunto, você usa esse termo", afirmou.
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