Coleta de dados foi realizada com 1.442 empresasAgência Brasil
"O resultado de setembro pode ser entendido como uma acomodação do setor depois de passar por uma trajetória de alta durante o ano. A situação atual é de melhores condições de negócios em relação aos meses anteriores e de manutenção da demanda que vem sendo recuperada aos poucos, reforçando a resiliência do setor. O grande desafio é em relação aos próximos meses", disse Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em setembro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 0,6 ponto, para 99,1 pontos. O componente de volume de demanda teve ligeira queda de -0,1 ponto, para 98,6 pontos, enquanto a situação atual dos negócios subiu 1,3 ponto, para 99,6 pontos, maior nível desde outubro do ano passado (100,4 pontos).
O Índice de Expectativas (IE-S) teve redução de 1,6 ponto, para 94,7 pontos. Houve influência da demanda prevista nos próximos três meses, que recuou 1,9 ponto, para 94,9 pontos, e da tendência dos negócios nos próximos seis meses, com queda de 1,3 ponto, para 94,5 pontos.
A despeito do resultado de setembro, a FGV avalia que o terceiro trimestre reforçou a recuperação na confiança dos empresários do setor de serviços. Houve avanço de 3,5 pontos ante o trimestre anterior, com melhoras tanto na avaliação sobre a situação atual quanto nas expectativas, "ratificando a sinalização de resiliência do setor de serviços no ano de 2023".
"Apesar dos resultados ligeiramente negativos nos últimos meses, o setor mantém o momento de redução do pessimismo ao fim do terceiro trimestre", completou Pacini.
A coleta de dados para a edição de setembro da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.442 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.
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