Prédio da Caixa Econômica Federal em Brasília-DFMarcelo Camargo/Agência Brasil

Nos nove primeiros meses deste ano, a Caixa Econômica Federal (CEF) concedeu R$ 14 bilhões em crédito para projetos de infraestrutura a Estados e municípios. O volume é 55% maior que o concedido pelo banco em todo o ano passado.
O banco público também fechou R$ 1,7 bilhão em novos contratos de repasses com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) aos Estados e municípios, além de 16 mil desbloqueios para o pagamento de obras.
Ao todo, foram R$ 2,8 bilhões em recursos para mais de 3.000 cidades. Também houve a retomada de 2.100 obras de infrestrutura que estavam paralisadas, o que a Caixa estima que gerou R$ 9,5 bilhões em investimentos.
A Caixa é o principal agente financeiro para o repasse de recursos da União a Estados e cidades. Além disso, também tem forte atuação no financiamento à infraestrutura, no que constitui uma das principais carteiras do banco no segmento empresarial.
"Encontramos um banco desestruturado em janeiro, com a imagem manchada devido à pior crise reputacional da sua história por conta de várias acusações de assédio contra os principais executivos da Caixa", disse em nota a presidente do banco, Rita Serrano. "Mas fomos arrumando a casa, recuperando a moral dos empregados do banco e retomando o caminho certo."
Neste ano, a Caixa tem acelerado na concessão de crédito, enquanto os bancos privados continuam com visão mais conservadora. No crédito habitacional, que é o coração da instituição, a carteira ativa chegou a R$ 700 bilhões em setembro, recorde histórico.
No novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Caixa espera responder por pelo menos 30% dos R$ 1,4 trilhão em investimentos previstos até 2026, ou cerca de R$ 442 bilhões.