Roberto Campos Neto, atual presidente do BCLula Marques/ Agência Brasil
"É uma moeda que o formato é muito diferente do que eu vejo por aí, porque entendemos que o principal desafio de fazer a moeda digital era não desintermediar os bancos", disse Campos Neto, durante fala no XXXIII Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa.
A saída foi criar um token emitido por um banco com base em um bloqueio de um depósito. Na visão de Campos Neto, o modelo brasileiro é "mais fácil e melhor" do que as experiências existentes porque não faz a desintermediação bloqueada e ainda insere o conceito de tokenização, o que significa, na prática, que tende a ser mais seguro e moderno.
"Isso gera modernização na parte de riscos, asset management, funding, gestão de colateral, então tem uma externalidade positiva muito grande dos bancos passarem a fazer isso", avaliou Campos Neto.
De acordo com ele, o Drex também traz benefícios em termos de regulamentação uma vez que o BC não vai precisar criar uma nova regra para abarcar a moeda digital, que se encaixa na existente.
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