Galípolo disse que a autoridade monetária analisa dados a cada reunião para ajustar os rumos da política monetáriaMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Ao ser questionado sobre o espaço para a continuidade da queda da taxa de juros, Galípolo reiterou que o BC perseguirá a meta de inflação, que está caminhando em trajetória benigna, mas com pontos de atenção.
Ele citou o mercado de trabalho aquecido e o cenário internacional, com o preço do petróleo e câmbio, como exemplos.
"Vou usar uma expressão que eu vi o Roberto (Campos Neto, presidente do BC) usar em uma reunião. Quando a gente diz que a barra é alta para mudar o ritmo (de cortes na taxa Selic) vale para todos os lados, para cima e para baixo. Hoje o cenário para inflação é mais benigno", disse o diretor.
Galípolo avaliou que o foward guidance é um "esporte de altíssimo risco", especialmente para países emergentes. "Estamos analisando os dados de reunião a reunião para ver como a economia reage e poder ajustar nossa política monetária", disse.
Agora, por exemplo, o BC monitora os desdobramentos da guerra entre Israel e Hamas. "Seguimos com comunicação. Entendemos que o passo de corte de 0,5 pp tem sido adequado, e analisamos permanecer. É um passo que permite ajustar o nível de contração da política monetária e ganhar tempo para observar as reações que a economia vai ter em função desses cortes", disse.
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