Edifício-sede do Banco CentralMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Não há alvo pré-definido para Selic ao fim do ciclo de relaxamento monetário, diz diretor do BC
Em setembro, o colegiado cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual pela segunda reunião seguida, para 12,75% ao ano
O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Mauricio Moura, enfatizou nesta segunda-feira, 16, que o Comitê de Política Monetária (Copom) não tem um alvo pré-definido para a Selic ao fim do atual ciclo de afrouxamento da taxa básica de juros. Em setembro, o colegiado cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual pela segunda reunião seguida, para 12,75% ao ano, e sinalizou que continuará nesse ritmo nos próximos encontros.
"O orçamento monetário para queda da Selic vai depender de vários fatores, como a atividade, expectativas de inflação e o balanço de riscos do Copom. O Copom vai seguir reduzindo Selic enquanto achar que há espaço e no ritmo que julgar mais adequado Não há um alvo pré-definido para Selic ao fim do ciclo de relaxamento monetário", afirmou Moura, em live semanal da autoridade monetária para responder dúvidas do público.
O diretor lembrou que votou pelo corte de 0,50 ponto na última reunião - cuja votação foi unânime, bem como a sinalização de continuidade desse ritmo.
"Qualquer mudança nessa minha opinião pessoal, se for o caso, só viria a partir da análise de um amplo conjunto de dados que será trazido na próxima reunião, de 31 de outubro e 1º novembro", acrescentou Moura. "As decisões do Copom são muito técnicas, baseadas em uma infinidade de fatores econômicos. Mesmo se quisesse dar uma sinalização sobre ritmo, não teria todos os elementos necessários", completou.
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