Natália Resende defendeu a privatização da Sabesp durante a audiência pública Alesp/Divulgação
Sabesp pode perder 50% de contratos nos próximos 15 anos se não for privatizada, diz secretária
Assembleia Legislativa de São Paulo promoveu audiência pública para discutir a venda da estatal
A secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, afirmou no período da tarde desta quinta-feira, 16, durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que, caso a Sabesp não seja privatizada, ela pode perder 50% dos contratos com cidades nos próximos 15 anos, número adiantado pelo Estadão. O risco de perda, estimou, é de mais de 180 dos atuais 375 até 2038.
Ainda de acordo com a secretária, caso a companhia não seja privatizada, existe o risco de, nos próximos anos, ela ficar deficitária.
Como exemplo, Natália pontuou que a companhia perdeu a concessão da cidade de Igarapava para uma empresa privada. "Isso pode acontecer à medida que os anos passam. 2029 é Osasco e 2040 é São Paulo", disse.
A estimativa de perda do governo é feita com base em informações compiladas pelo Internacional Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial responsável pelos estudos de desestatização da empresa.
Clima
A audiência é realizada em meio a insatisfação com os problemas recentes da Enel Distribuição. Após fortes chuvas que ocorreram na cidade de São Paulo no início deste mês, a distribuidora levou pouco mais de cinco dias para ajustar o problema, deixando milhares de pessoas sem luz. O problema municiou a oposição com argumentos contra a privatização.
Natália afirmou que o estado não está satisfeito com a concessionária de energia, mas pontuou que a privatização da Sabesp segue um modelo diferente das concessões de energia.
Mesmo assim, em alguns momentos durante sua apresentação, houve gritos e protestos contra a privatização.
O presidente da Alesp, deputado André do Prado (PL), teve que aumentar a voz e pedir por ordem.
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