Ministro da Fazenda, Fernando HaddadValter Campanato/Agência Brasil
"Nós já havíamos combinado com o vice-governador de Minas Gerais, porque o governador não participou da reunião de tratadores de ação, nós já havíamos discutido com o vice-governador de Minas que nós havíamos pedido até 31 de março de ano que vem, um prazo para a Justiça para que Minas continuasse não pagando as dívidas, ou seja, dando um benefício adicional do previsto em lei", afirmou Haddad na manhã desta quinta.
A declaração foi dada após reunião do ministro da Fazenda com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem encabeçado as discussões sobre o assunto. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também participou do encontro.
Haddad disse que a proposta apresentada por Pacheco ao governo federal, que envolve a concessão de ativos estaduais, como algumas estatais, e créditos a serem recebidos, está sendo analisada.
Haddad disse que Pacheco está "muito preocupado" com a situação e criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. "Inexplicavelmente, o Zema, ao invés de se aliar com o presidente Pacheco para resolver o problema, ataca nas redes sociais e na imprensa alguém que foi o único com autoridade a tomar providências em relação a isso", afirmou.
Ao final do encontro Silveira e Pacheco também reforçaram a importância da reunião com Haddad e o compromisso de tentar prorrogar o prazo para que União e o governo de Minas Gerais cheguem a um acordo.
Silveira e Pacheco também afirmaram que a Advocacia-Geral da União apresentará ao Supremo Tribunal Federal pedido para ampliar o prazo. Para o presidente do Senado, o fato de a União, que é a credora, estar pedindo essa prorrogação demonstra "boa vontade" para se chegar a um entendimento com o Estado.
Silveira aproveitou, ainda, para criticar Zema e disse que o governador "tenta resolver o problema do governo dele e empurrar a dívida para o futuro".
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