Edifício-sede do Banco Central do Brasil em Brasília Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Guillen comentou que a sinalização dos próximos passos do colegiado tem sido na direção de duas reuniões à frente, mas evitou dar um horizonte para o patamar esperado para a Selic ao final do ciclo, argumentando que isso seria mais um ruído para o mercado financeiro, e não necessariamente um sinal sobre a atuação do Copom. "A comunicação dos próximos passos do Copom deve pesar entre ruído e sinal", disse.
Em dezembro, o Copom cortou a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,75% ao ano. O colegiado manteve a sinalização de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual continua sendo o mais apropriado para as próximas reuniões — no plural.
Na coletiva do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já havia enfatizado que essa mensagem vale para dois encontros: de janeiro e março de 2024. "Somos confiantes em manter o guidance para duas reuniões à frente", afirmou.
Guillen voltou a dizer que não há relação mecânica entre as decisões do Copom e o cenário internacional de juros, em especial sobre as decisões do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano).
O diretor avaliou que alguns bancos centrais foram mais agressivos ao decidirem cortar os juros, enquanto outros estão mais dependentes dos dados a cada reunião sobre as taxas.
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