Desempenho da indústria fluminense se mantém 13% acima do nível pré-pandemiaCNI/Divulgação
Indústria fluminense avança 3,7% em novembro e renova máxima histórica, destaca Firjan
Federação, no entanto, alerta para as repercussões do aumento da alíquota do ICMS na competitividade e no desenvolvimento econômico do Estado
Em novembro de 2023, descontados os efeitos sazonais, a produção industrial do Estado avançou 3,7% em comparação ao mês anterior, o terceiro maior entre os 15 locais pesquisados pelo IBGE. Com o resultado, a indústria fluminense renova a máxima histórica da série iniciada em 2002, mantendo-se 13% acima do nível pré-pandemia. A análise da Produção Industrial Regional é da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Em contraste com o cenário de paralisia observado na indústria nacional (0,0%) nos últimos 12 meses, a indústria fluminense apresentou crescimento de 4,4%. Esse avanço é atribuído tanto ao desempenho positivo da indústria extrativa, que aumentou 7,5% em 12 meses, quanto ao segmento de transformação que cresceu apenas 1,0%.
Embora a trajetória da indústria fluminense chame a atenção ao se descolar da média nacional, cabe ressaltar que a cadeia de óleo e gás tem sido o principal motor desse crescimento. Na indústria de transformação a falta de dinamismo é explicada, em parte, pelos efeitos defasados da elevada taxa de juros, que influencia as decisões de investimento por parte das empresas e o consumo por parte das famílias.
Além disso, a federação destaca o impacto negativo na competitividade do Rio de Janeiro com o aumento da alíquota geral do ICMS para 22%, a maior do país. “A Firjan reitera que essa decisão prejudica o ambiente de negócios e compromete a atração de novos investimentos, repercutindo negativamente sobre a geração de empregos e a renda no estado”, afirma o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.