Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de DesenvolvimentoFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

São Paulo - Para o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, o programa de hedge cambial, se der certo, poderá ser replicado no mundo inteiro. "Tenho certeza de que será um caminho longo, com muita ajuda e muita contribuição. E o BID tem orgulho de ser participante deste pipeline de crédito", disse Ilan.
O presidente do BID afirmou que muitas vezes se fala que falta investimentos e outras, que faltam projetos. De acordo com ele, ambos faltam, por isso, emendou, o objetivo é aumentar investimentos diretos no Pais e promover projetos de mitigação dos efeitos das mudança climáticas.
"Acho que é simbólico o que estamos fazendo aqui hoje. Se funcionar, e eu acho que será um exemplo para o mundo. Vai ser replicado no mundo todo. É simbólico também porque está acontecendo na semana do G20", disse ele, durante a apresentação do programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, o Eco Invest Brasil, no período da manhã em São Paulo.
Objetivo
O presidente do BID disse que o objetivo da iniciativa é dar liquidez e facilitar a implementação de projetos, incluindo os mercados de opções e derivativos.
Neste sentido, de acordo com ele, o BID será o intermediário na contratação de um banco internacional que dará seguro cambial aos investimentos estrangeiros no Brasil.
Apoio do Banco Mundial
O programa de proteção cambial é ambicioso e será apoiado pelo Banco Mundial por meio de estudos técnicos e financiamento, disse o vice-presidente do Banco Mundial para a região da América Latina e Caribe, Carlos Felipe Jaramillo, no evento de lançamento do programa.
"Estamos trabalhando para um novo empréstimo com objetivo de alocar até US$ 1 bilhão no fundo do clima", disse o economista.
O foco inicial desse novo empréstimo é financiar projetos em florestas, cidades verdes e gestão de resíduos. "O Banco Mundial já tem vasta experiência nessas áreas."
Jaramillo comentou sobre os projetos de transição energética que o Banco Mundial apoia, como o de hidrogênio verde. "Estamos prontos para mais", afirmou. "Os desafios ligados às mudanças climáticas são enormes", comentou.