Edifício-Sede do Banco Central em BrasíliaMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Na divulgação da semana passada, constava 3,81% na mediana para este ano. De acordo com o Banco Central, foi identificada alguma inconsistência durante a rotina de revisão das estatísticas, o que levou a um reprocessamento da série e sua republicação corrigida para 3,82%.
Para 2025, que também está no foco da política monetária, agora já em maior grau que 2024, a projeção passou de 3,52% para 3,51%
Considerando as 50 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,75% para 3,78%. Para 2025, a projeção passou de 3,52% para 3,51%, considerando 48 atualizações no período.
Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 34ª semana consecutiva - seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 34 semanas.
As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.
O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou no fim de janeiro projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, igual à da reunião anterior, de dezembro. Para 2025, também seguiu em 3,2%. O colegiado reduziu a Selic pela quinta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,25% ao ano.
Projeção suavizada
Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana, de 3,73% para 3,66%, de 3,82% há um mês.
Na divulgação da semana passada, constava 3,72% na mediana para este indicador. De acordo com o Banco Central, foi identificada alguma inconsistência durante a rotina de revisão das estatísticas, o que levou a um reprocessamento da série e sua republicação corrigida para 3,73%.
Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.
No dia 20 de outubro, porém, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. Como mostrou o Estadão/Broadcast no mês passado, com a chegada de mais diretores do Banco Central indicados por Lula, o decreto da meta de inflação poderia ser finalmente publicado.
Curto prazo
Os economistas revisaram parte das expectativas de inflação de curto prazo no Relatório de Mercado Focus desta terça. A mediana para fevereiro de 2024 passou de 0,73% para 0,76%. Há um mês, a expectativa era de 0,67%. Para o IPCA de março, a estimativa continuou em 0,24%, de 0,28% um mês antes. Já para abril, a previsão para o indicador seguiu em 0,36%, ante 0,38% de quatro semanas atrás.
Para 2025, o documento trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como já está há 11 semanas. Considerando as 31 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2025 também seguiu em 2,00%.
Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,00% pela 29ª semana consecutiva. O boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 31 semanas.
A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 2,2%. Já no Banco Central, a projeção atual é de avanço de 1,7% neste ano, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.
No fim de janeiro, o Copom cortou a Selic pela quinta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,25% ao ano. O colegiado manteve a sinalização de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual continua sendo o mais apropriado para as próximas reuniões — no plural.
No encontro do mês passado, o Copom repetiu que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.
No Relatório de Mercado Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 8,50%, como já está há 12 semanas. Considerando apenas as 46 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 também seguiu em 9,00% ao ano.
Para 2026, a projeção seguiu em 8,50% pela 30ª semana consecutiva. Para 2027, a estimativa também seguiu em 8,50%, onde se mantém por 29 semanas.
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