O diretor de marketing da MSC, Ignácio Palácios, afirmou que o Rio é 'mercado estratégico'Paulo Sergio Costa / Agência O Dia
Segundo o diretor de marketing da empresa, Ignácio Palácios, o mercado retomou o crescimento após a pandemia de Covid-19, com o transporte de mais de 670 mil hóspedes brasileiros em rotas pela América do Sul e outros destinos internacionais na última temporada — um acréscimo de 70%.
O diretor ressaltou que a abertura de novos portos, como o de Itajaí, em Santa Catarina, permitiu a ampliação das ofertas de viagens. “Trouxe facilidade para o consumidor ter acesso às embarcações. Conseguimos trazer a bordo de nossos navios, passageiros que provavelmente optariam por outros tipos de férias. Ter um porto por perto reduz os custos de deslocamento, além do tempo que as pessoas precisam dedicar para embarcar”, disse.
A temporada traz como destaque a inclusão do MSC Seaview em rotas que partem de Santos, uma novidade que se diferencia pelo oferecimento de embarques fora do Rio de Janeiro, sua base anterior. O navio proporcionará minicruzeiros com duração de três a cinco dias, com destinos como Salvador, Ilhéus e a capital fluminense; além de itinerários mais longos como Buenos Aires e Montevidéu, em viagens de sete noites.
O MSC Grandiosa retorna ao Brasil, mantendo-se como o maior navio de cruzeiro em operação no País, com embarques de Santos, Salvador e Maceió, e foco em rotas pelo nordeste brasileiro, com paradas em Ilha Grande e Búzios, no litoral do Rio.
"O Rio continua sendo um mercado estratégico para a MSC. Nós somos a única companhia que tem um navio específico para o público carioca", disse. Segundo Ignácio, uma inovação para a próxima temporada são os cruzeiros para o nordeste. "Vamos disponibilizar roteiros exclusivos para o nordeste, que é destino muito requisitado pelos consumidores do Rio. É uma demanda antiga e agora somos a única companhia que vai oferecer esse produto", destacou.
Palácios contou que a capital também será ponto de destino para roteiros nacionais. "O apelo foi tão grande que incluímos o Rio como destino também para os passageiros que estavam embarcando em São Paulo, em Santos. Este ano não tínhamos uma oferta regular para ver e visitar o Rio se você não embarcasse de fora do Brasil", concluiu.
"Para este ano, a gente está vendo que está tendo muita procura. Mas está todo mundo esperando a situação do mercado financeiro. Querendo saber como vai funcionar daqui para frente, valores, se vai estar tudo bem ou não, para ver se a gente vai conseguir ter realmente a mesma quantidade de vendas que nós tivemos ano passado", contou.
Freitas dá uma dica para quem está procurando uma viagem agradável porém, com bom custo-benefício. "Minha aposta são os roteiros para o nordeste, que tem praias lindas e com preços acessíveis", disse.
Caribe como roteiro mais procurado
A companhia também detalhou seus planos para cruzeiros internacionais, com destaque para o crescimento no Caribe, onde sete navios serão posicionados para cruzeiros partindo de Miami, Porto Canaveral e Nova York. O lançamento do MSC World America, em abril de 2025, reforça a presença da MSC Cruzeiros no arquipélago.
"O mundo está de olho no Caribe, que hoje é o maior roteiro de cruzeiros no planeta. É hora de aproveitar a normalização de emissão de vistos e muita oferta de pacotes aéreos para a região", disse Inácio.
Olho no mercado brasileiro no exterior
Para brasileiros, foi ressaltada a opção de cruzeiros pelo Caribe Sul e Antilhas sem necessidade de visto americano, partindo de Fort-de-France, na Martiníca. Em parceria com a Emirates, a MSC vai oferecer pacotes completos com aéreo incluído para o Oriente Médio, incluindo voos de São Paulo, traslados, hospedagem e cruzeiros com destinos como Dubai, Abu Dhabi, Doha e Bahrain.
Outras iniciativas incluem a construção de um novo terminal de passageiros em Miami, programado para inauguração junto ao MSC World America em 2025, e a ampliação da oferta de pacotes de viagem que combinam cruzeiros com estadias em terra, visitas a parques temáticos e outras atrações, especialmente nos Estados Unidos.
A empresa também informou que vai ampliar a acessibilidade e comodidade para os passageiros brasileiros, com melhorias no sistema de check-in e a inclusão da língua portuguesa a bordo dos navios, além da presença de tripulantes brasileiros.
"Quando nós conseguimos falar a língua do passageiro, ele fica mais confiante para retornar, e isso traz ganhos", concluiu Ignácio.
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