Anfavea já esperava queda na produção de veículos por conta das chuvas no Rio Grande do SulReprodução
Anfavea diz que 12 mil unidades deixaram de ser produzidas em maio por enchentes no RS
O presidente da entidade disse que, mesmo com os efeitos das chuvas, a média diária de emplacamento de veículos atingiu 9.250 unidades no mês passado
As enchentes no Rio Grande do Sul fizeram com que cerca de 12 mil unidades de veículos deixassem de ser produzidas no mês de maio, calcula a Anfavea, associação que representa as montadoras. Os números foram apresentados nesta sexta-feira, 7, pelo presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, durante coletiva sobre o desempenho do setor em maio.
No total, a produção de veículos recuou 24,9% no mês passado, passando de 222,1 mil unidades em abril para 166,7 mil em maio.
Além do efeito do Rio Grande do Sul, Leite destacou que as paralisações de algumas montadoras, somada a operação-padrão dos servidores do Ibama, ajudaram a puxar para baixo a produção no mês em cerca de 28 mil unidades.
Emplacamentos
Na passagem de abril para maio, o número de emplacamentos de veículos diminuiu de 220,8 mil unidades para 194,3 mil. Do total dessa redução, as enchentes no Rio Grande do Sul no período responderam por cerca de 6,5 mil unidades a menos emplacadas, nos cálculos da Anfavea.
Na coletiva, Leite destacou que, devido a sazonalidade, o mês de maio já é tradicionalmente mais fraco do que abril no emplacamento de veículos. "Se fosse só pela sazonalidade, a diminuição dos emplacamentos era para ser de cerca de 14 mil unidades, mas, além do efeito do Rio Grande do Sul, tivemos um feriado no final do mês, que é justamente um período que costuma ser positivo para os licenciamentos", detalhou.
O presidente da Anfavea pontuou ainda que, mesmo com os efeitos das enchentes, a média diária de emplacamento de veículos atingiu 9.250 unidades no mês passado, a melhor marca para um mês de maio desde 2019.
Na avaliação de Leite, já era esperado que houvesse algum impacto negativo das enchentes sobre a produção e licenciamento de veículos no País, mas que "ainda é cedo" para fazer qualquer revisão nas projeções da Anfavea para 2024.
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