A energia nuclear no Brasil representa menos de 3% da geração de eletricidadeDivulgação/ Eletronuclear

A usina nuclear Angra 2, no Rio de Janeiro, alcançou em julho a maior geração mensal de energia elétrica desde agosto de 2019. No mês passado, a usina produziu 1.015.070 megawatts-hora (MWh), a quantidade mais alta nos últimos cinco anos, informou a Eletronuclear.
A produção foi capaz de superar marcas anteriores, como em agosto de 2021, quando a usina gerou 1.014.056 MWh, além de 1 013.448 MWh atingidos em outubro de 2022.
"Esse recorde é resultado direto do trabalho da empresa e de seus funcionários, que se dedicam e empenham em manter a usina operando com a máxima eficiência, garantida pelos nossos rigorosos programas de manutenção e pelas práticas de operação que entregam uma energia segura, de base e limpa ao sistema elétrico", afirmou em nota o superintendente de Angra 2, Fabiano Portugal.
A segunda usina nuclear brasileira começou a operar comercialmente em 2001. Com potência de 1.350 megawatts (MW), Angra 2 é capaz de atender ao consumo de uma cidade de 4 milhões de habitantes, como a soma da população de Porto Alegre e Brasília.
A energia nuclear no Brasil representa menos de 3% da geração de energia elétrica, mas poderá ter um impulso com a retomada das obras da usina nuclear Angra 3, prevista para 2025, com potência instalada de 1,4 mil MW. O início da operação da usina deve ocorrer entre 2023/2031, segundo a Eletronuclear, com cerca de 20 anos de atraso.
Segundo especialistas, além de ser uma energia limpa, a energia nuclear garante a segurança energética por se tratar de uma energia firme, que pode respaldar o aumento das energias intermitentes no Brasil, segmento que não para de crescer.