Ao contrário do arroz, feijão preto registrou queda nos preçosAntonio Cruz/Agência Brasil
Enquanto o arroz fica mais caro, cai o preço do feijão, aponta pesquisa da Horus
Azeite dos tipos virgem e extravirgem mantém tendência de alta
Clássico da culinária brasileira e queridinha nacional, a dupla arroz e feijão não têm combinado quando o assunto é o preço de cada produto. Nova pesquisa da Horus/Neogrid aponta que o valor médio do quilo de arroz branco subiu 8% em julho quando comparado a janeiro deste ano. Em contrapartida, o valor do feijão preto registrou queda de 9,6% no mesmo período.
O levantamento também mostra uma redução de preço em outros tipos de feijão, como o feijão carioca, que caiu 6%. Segundo análise, a queda está associada ao avanço nas colheitas e à boa produtividade ao longo de 2024. “Como o ciclo de cultivo do feijão é relativamente curto, a oferta pelos agricultores aumenta ao longo do ano, contribuindo para a diminuição dos preços”, explica Anna Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid.
No caso do arroz, além do branco, o tipo parboilizado apresentou um aumento de 7,1% ante janeiro de 2024. No último ano, os aumentos foram ainda mais significativos: o arroz branco subiu 40,7% e o parboilizado 38,5%. “A oferta interna do país diminuiu devido aos impactos das chuvas no segundo trimestre. No entanto, a demanda por exportações se manteve, o que reduziu a oferta disponível para o mercado nacional e resultou no aumento dos preços para os consumidores brasileiros”, contextualiza Fercher.
Preço do azeite permanece em alta
Outro produto impactado pela baixa disponibilidade tanto no mercado internacional quanto no doméstico foi o azeite dos tipos extravirgem e virgem. Em julho, o preço médio por unidade de 500 ml do tipo extravirgem estava 16,2% mais alto em relação ao início do ano. Já o tipo virgem assinalou um incremento de 19,8% para a mesma embalagem em igual período.
Analisando o histórico dos últimos 12 meses, os dados obtidos pela pesquisa revelam um aumento de 56,7% para o azeite extravirgem e de 53,3% para o tipo virgem. “A tendência é de que os preços continuem subindo até a próxima safra, em 2025”, prevê Fercher.
Sobre o levantamento da Horus
O novo estudo da Horus abrange informações como preços, produtos, marcas, categorias, volume de vendas e presença nos pontos de venda. A solução da Neogrid analisa dados sobre a cesta de compras e os hábitos de consumo da população.
Para alcançar essa análise abrangente, a Horus realiza a captação de mais de 1 bilhão de notas fiscais emitidas anualmente por milhares de pontos de venda do varejo alimentar e obtidas por meio de parceiros e clientes.
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