Após abrir em alta leve, o dólar à vista caiu brevemente na manhã desta sexta-feira (6)AFP

Após abrir em alta leve, o dólar à vista caiu brevemente na manhã desta sexta-feira (6), e rodava mais perto da estabilidade, com viés positivo. O mercado de câmbio está hesitante antes do payroll, em meios aos sinais divergentes das commodities e da divisa americana frente moedas emergentes e ligadas a commodities, mas com queda ante seus pares principais.
Investidores fazem ajustes finos nos primeiros negócios à espera do relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos, o payroll, que deve conduzir o rumo dos mercados globais nesta sexta-feira de agenda interna esvaziada. Os números devem trazer pistas sobre o pulso da economia dos EUA e modular as apostas dos investidores para a intensidade da redução de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na reunião do próximo dia 18 e até dezembro. Por enquanto, a chance de corte de 25 pontos-base ainda supera 50 PB por margem pequena.
Analistas consultados pelo Projeções Broadcast preveem criação de 165 mil vagas em agosto, na mediana das estimativas, que variam de 125 mil a 205 mil. Os economistas afirmam que se os dados decepcionarem, o dólar pode ampliar as perdas lá fora, beneficiando moedas consideradas mais arriscadas, como o real.
No radar estão ainda discursos de dois dirigentes do Fed - John Williams, de Nova York e o diretor Christopher Waller -, que podem eventualmente comentar os números de empregos e o provável impacto na política monetária.
Os American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras recuam 0,13%, a US$ 14,99, no pré-mercado de Nova York, na contramão do petróleo. O Brent subia 0,67%, cotado a US$ 73,19 por barril, e o WTI avançava 0,81%, a US$ 69,70 às 9h10. Os ADRs da Vale caíam 0,40%, a US$ 10,20, no pré-mercado de Nova York. O minério de ferro fechou estável (-0,07%) em Dalian, cotado a 684 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 96,42.
No Brasil, investidores olham ainda declarações do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, de que a proposta de limitar o crescimento de todas as despesas públicas pelo teto do novo arcabouço fiscal está "em debate" e "amadurecendo dentro do governo". Durigan diz que a revisão de despesas obrigatórias é uma necessidade para que o governo não fique "o tempo todo nas cordas", tendo de adotar medidas de congelamento de gastos no Orçamento ao longo do ano.
Mais cedo, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,12% em agosto, após uma elevação de 0,83% em julho, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou acima da mediana positiva de 0,09% das estimativas encontrada na pesquisa feita pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de queda de 0,15% e alta de 0,20%. No ano, o IGP-DI acumula variação positiva de 2,07% e, em 12 meses, de 4,23%.
Às 9h20 desta sexta, o dólar à vista subia 0,14%, a R$ 5,5789. O dólar para outubro subia 0,14%, a R$ 5,5950.