Edifício-sede do Banco Central no Setor Bancário NorteMarcello Casal Jr / Agência Brasil
Nas últimas declarações públicas antes do período de silêncio, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e diretores da autarquia enfatizaram que a incerteza fiscal tem adicionado prêmios aos ativos e às expectativas. Um "choque fiscal positivo", entendido pelo mercado como uma medida estrutural para garantir a sustentabilidade das contas públicas, seria necessário para permitir juros menores, disseram.
Ao que tudo indica, esse choque dificilmente virá antes da decisão. Na noite de ontem, após uma reunião entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho) e Camilo Santana (Educação), a Fazenda informou em nota que o quadro fiscal do País foi "apresentado e compreendido".
Hoje, outros ministros serão chamados pela Casa Civil para que possam opinar, segundo a pasta. Enquanto a indefinição permanece, a tendência é de que o Copom endureça o tom sobre a política fiscal no seu comunicado. As projeções do mercado já indicam que a taxa Selic terá de subir até 12,50% no fim do ciclo. Mesmo assim, os economistas continuam aumentando as suas projeções para a inflação no horizonte relevante.
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