FAO divulga mensalmente pesquisa sobre os preços internacionais dos alimentosFAO/Divulgação
O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 114,4 pontos em outubro, alta de 0,9 ponto (0,8%) ante setembro, mas ainda 10,3 pontos (8,3%) abaixo de outubro de 2023.
Os preços do trigo subiram com o clima desfavorável para as safras de inverno no Hemisfério Norte, como na União Europeia, Rússia e EUA. Além disso, a reintrodução de um piso de preço não oficial na Rússia e as tensões no Mar Negro deram suporte. Para o milho, os preços foram impulsionados pela forte demanda doméstica no Brasil e pelos desafios de transporte no País com os baixos níveis dos rios. As condições secas que impediram o plantio na Argentina e a demanda constante por milho ucraniano também contribuíram.
Entre outros grãos, os preços da cevada aumentaram, enquanto do sorgo caíram. O Índice de Preços de Arroz da FAO caiu 5,6% em outubro.
O levantamento mostrou, ainda, que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais teve média de 152,7 pontos no mês passado, alta de 10,4 pontos (7,3%) ante setembro, e alcançando o nível mais alto em dois anos. Segundo a FAO, os preços do óleo de palma subiram pelo quinto mês seguido, com temores de produção menor que o esperado e possíveis declínios sazonais de produção no Sudeste Asiático.
O subíndice de preços da Carne da FAO teve média de 120,4 pontos em outubro, ligeira baixa de 0,3% ante setembro, mas alta de 8,4 pontos (7,5%) ante o valor de 2023. A carne suína teve queda com o aumento do abate na Europa Ocidental, em meio à fraca demanda doméstica e estrangeira.
O relatório mostrou, ainda, que o subíndice de preços de Lácteos teve média de 139,1 pontos em outubro, alta de 2,5 pontos (1,9%) ante setembro e 24,5 pontos (21,4%) acima do valor de um ano atrás. A FAO disse que o queijo registrou o maior aumento, com a disponibilidade limitada em meio a fortes vendas internas, especialmente na União Europeia.
De acordo com a FAO, o subíndice de preços do Açúcar teve média de 129,6 pontos no mês passado, avanço de 3,3 pontos (2,6%) ante setembro, mas 29,6 pontos (18,6%) abaixo de 2023. O avanço mensal ocorreu com preocupações persistentes com a perspectiva de produção de 2024/25 no Brasil, após um período prolongado de condições climáticas secas, disse a FAO.
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