Renan Filho disse que MDB vai apoiar a decisão de Lula sobre o corte nos gastosMarcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o MDB está costurando um acordo para "cuidar" da agenda econômica do Brasil para o segundo biênio do atual governo no Congresso Nacional, seja na Câmara dos Deputados ou no Senado. O ministro afirmou que tanto a Pasta como a legenda apoiam "integralmente" a agenda fiscal conduzida pela gestão petista.
Em meio à expectativa para o anúncio do pacote de corte de gastos elaborado pela equipe econômica, o ministro disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "ainda tem essa semana para resolver" a agenda fiscal. "Eu queria falar em meu nome e dizer que o Ministério dos Transportes apoia integralmente a agenda econômica do Brasil", comentou Renan Filho, em declaração durante cerimônia de divulgação do Programa de Otimização de Contratos de Concessão de Rodovias, no Palácio do Planalto.
O ministro disse que conversou com o presidente do MDB — partido ao qual é filiado —, Baleia Rossi, além dos líderes do partido na Câmara e no Senado, para tratar sobre a agenda fiscal. "Talvez caiba ao MDB, em uma das duas Casas, cuidar da agenda econômica do País para o segundo biênio do governo", comentou. Segundo o ministro, "está sendo costurado esse entendimento". Em seguida, acrescentou: "Depois converso com o senhor Lula um pouquinho sobre isso".
E finalizou: "O partido apoia integralmente a decisão que o senhor vai tomar para que a gente possa garantir dólar a uma cotação melhor, juro caindo, para que essa agenda possa atrair cada vez mais investimento para o País."
Apesar da grande expectativa pelo pacote de corte de gastos, que muitos acreditavam ser possível ainda para os próximos dias, o anúncio pode ficar para a semana que vem. Há ainda reuniões que precisam ser feitas com Lula para acertar detalhes sobre de onde pode sair a redução das despesas.
O anúncio era esperado inicialmente para ser feito logo após as eleições municipais. Depois, a expectativa passou para dias antes do início do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), que ocorreu no Rio. Agora, está para os próximos dias, já que havia rumores de que a decisão do presidente poderia vir a público logo após o evento internacional. Mesmo assim, tudo depende do ritmo de Lula.