IPCA de 2024 caiu de 4,64% para 4,63%Agência Brasil
A mediana para a inflação de 2025 passou de 4,12% para 4,34%, mais próxima do teto, de 4,50%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.
Considerando as 111 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2025 passou de 4,21% para 4,49%, quase o teto da meta.
A mediana para a inflação de 2026 passou de 3,70% para 3,78%, distanciando-se do centro da meta pela terceira semana seguida. A projeção para 2027 interrompeu uma sequência de 72 semanas e elevou na margem de 3,50% para 3,51%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária O colegiado espera um IPCA de 3,60% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,75 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,60% e desacelere a 3,90% em 2025.
A estimativa intermediária para 2025 passou de 1,94% para 1,95%. Um mês atrás, estava em 1,93%. Levando em conta apenas as 76 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 1,98% para 1,94%.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2,0%, como já estão há 68 e 70 semanas, respectivamente.
Considerando apenas as 97 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária para a Selic também se manteve em 11,75%. O Copom aumentou a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, de 10,75% para 11,25%, no último dia 6 de novembro.
A mediana para a Selic no fim de 2025 passou de 12,00% para 12,25%, refletindo a expectativa de que o Banco Central terá pouco espaço para cortar juros ao longo do ano que vem.
Os dirigentes da autarquia têm mencionado a preocupação com a desancoragem das expectativas, em meio à atividade econômica forte. Considerando apenas as 97 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a taxa Selic no fim de 2025 oscilou de 12,25% para 12,50%.
A estimativa intermediária para a Selic no fim de 2026 se manteve em 10,00%, ante 9,50% há um mês. A mediana para os juros no fim de 2027 passou de 9,25% para 9,50%, de 9,00% quatro semanas atrás.
Para o fim de 2025, a estimativa passou de R$ 5,50 para R$ 5,55; e para 2026, de R$ 5,47 para R$ 5,50; enquanto para 2027, a moeda foi de R$ 5,45 para R$ 5,50.
No início deste mês, a moeda norte-americana escalou até R$ 5,8694, o segundo maior nível nominal da história, em meio ao mal-estar causado pelo anúncio da viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa, enquanto o governo não apresenta formalmente seu pacote de corte de gastos.
O ministro já sinalizou várias datas para apresentação da proposta, que não se concretizaram, mas agora diz que o anúncio deve ocorrer até a terça, 26.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
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