Bitcoin foi criado em 2008Pixabay

O Bitcoin superou nesta quinta-feira a barreira dos 100 mil dólares (aproximadamente R$ 604 mil), estimulado pela eleição de Donald Trump - um grande incentivador do setor de criptomoedas - como presidente dos Estados Unidos.
A marca simbólica e sem precedentes para a principal moeda digital do mercado parecia algo totalmente improvável no momento da criação da moeda, há 16 anos.
O valor dá um pouco mais de credibilidade ao setor polêmico, que vê com bons olhos o retorno do republicano à Casa Branca, especialmente com Elon Musk ao seu lado.
Depois de chamar as criptomoedas de fraude em seu primeiro mandato (2017-2021), Trump mudou de tom durante a campanha, financiada em parte por grupos do setor. Agora ele promete que fará dos Estados Unidos "a capital mundial do Bitcoin e das criptomoedas".
A consequência veio rápido: o Bitcoin, que valia pouco mais de 69.000 dólares (417.000 reais) por unidade em 5 de novembro, dia da eleição americana, alcançou nesta quinta-feira a cotação de 103.800,44 dólares (629.000 dólares).
A valorização é de quase 50% desde a vitória do empresário republicano e de mais de 130% desde o início de 2024.
O estímulo mais recente foi o anúncio de Trump na quarta-feira da futura nomeação do advogado republicano Paul Atkins, favorável ao desenvolvimento das criptomoedas, para comandar a SEC, a comissão reguladora dos mercados financeiros.
No ano passado, Atkins criticou publicamente os diretores da SEC pela falta de versatilidade diante das empresas do setor das criptomoedas e os acusou de afastar os empreendedores do mercado americano.
"Paul é um líder comprovado em regulamentações de bom senso (...). Reconhece que os ativos digitais e outras inovações são cruciais para tornar os Estados Unidos ainda maiores", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.