Para locação de imóveis no Rio, o preço médio do metro quadrado é de R$ 49,93 Divulgação
Dos 17 bairros analisados, 11 tiveram o preço do metro quadrado para locação maior em janeiro, em relação a dezembro. O estudo foi realizado a partir de 3 mil ofertas de imóveis para alugar, de apartamentos de um a três dormitórios nas principais áreas da cidade. Os bairros de Vila Isabel, Flamengo e Rio Comprido registraram os maiores acréscimos, com 9,81%, 6,10% e 4,94%, respectivamente, em comparação com o mês de dezembro. Dentre os bairros com maior percentual de redução, destaque para Catete (-7,71%), Laranjeiras (-6,16%) e Leme (-4,15%).
Outro dado que merece destaque é a velocidade em que os imóveis estão sendo alugados. Na Tijuca, o tempo médio para fazer a locação de um imóvel em janeiro de 2025, foi de 15 dias. No ano de 2024 levava 43 dias.
Em Copacabana, o tempo médio foi de 13 dias e era de 37 dias em 2024. Em Botafogo, foi de 11 dias, enquanto no ano anterior a média foi de 23 dias. E na Barra da Tijuca, os imóveis foram alugados em 19 dias. A média anterior era de 42.
Taxa de vacância em queda
“A recente elevação da taxa Selic para 13,25% ao ano influencia este cenário de aumento dos preços, devido a maior procura, num momento em que há baixa oferta de imóveis para locação. Como o aumento da taxa básica de juros encarece o crédito e reduz a atratividade do financiamento, muitas pessoas adiam o sonho da casa própria e pagam aluguel. Além disso, há também aqueles que mesmo tendo renda para comprar o imóvel, preferem alugar o imóvel pra viver e manter o dinheiro aplicado em investimentos, já que os juros mais altos levam a oferta de rendimentos maiores também. Pra eles, o aluguel é uma alternativa financeiramente interessante. Por isso, com demanda forte para a locação e oferta reduzida de imóveis disponíveis para alugar na cidade, os preços aumentaram ”, comenta Leonardo Schneider, diretor superintendente da Apsa e vice-presidente do Secovi Rio.
Schneider lembra que o impacto mais desafiador desse cenário recai sobremaneira nas famílias de menor renda. "Com o crédito mais caro e prestações mais altas, a compra da casa própria se tornou mais difícil, deixando essas famílias em uma posição vulnerável. Sem acesso fácil ao financiamento e com aluguéis em alta, esse público acaba restrito a opções mais distantes ou a condições de moradia menos favoráveis, o que reforça a necessidade de políticas habitacionais que equilibrem esse cenário”, reforça Leonardo.
Média dos valores cobrados em janeiro
Zona Sul
- Copacabana: R$ 69,68/m² (0,92%);
- Laranjeiras: R$48,87 /m² (-6,16%);
- Flamengo: R$ 60,48/m² (6,10%);
- Botafogo: R$ 64,80 /m² (-1,68%);
- Leblon: R$ 118,50 /m² (1,35%);
- Ipanema: R$ 124,88/m² (1,26%);
- Catete: R$ 50,81 /m² (-7,71%);
- Leme: R$54,79 /m² (-4,15%).
Centro: R$41,03 /m² (4,04%).
- Vila Isabel: R$ 30,84/m² (9,81%);
- Rio Comprido: R$ 29,82/m² (4,94%);
- Méier: R$ 22,31 m² (-1,79%);
- Tijuca: R$33,21 /m² (3,45%);
- Grajaú: R$ 28,50/m² (1,32%);
- Maracanã: R$ 37/m² (1,54%).
- Recreio dos Bandeirantes: R$41,48 /m² (1,36%);
- Barra da Tijuca: R$ 75,80/m² (-1,38%).
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