Marinho afirmou que plataforma do novo consignado privado deve gerar concorrência entre bancos, reduzindo os jurosReprodução
Governo pode estabelecer teto de juros no consignado privado em caso de abusos, diz Marinho
Nas negociações para o programa, os bancos relataram que a instituição do limite poderia restringir a oferta desse crédito
Brasília - O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que o governo não quer, mas pode recorrer a um teto de juros do novo consignado privado, lançado nesta quarta-feira, 12. Ele contou que, nas negociações para o programa, os bancos relataram que a instituição do teto poderia limitar a oferta desse crédito.
"O governo tem a caneta na mão, e o comitê gestor, de observar que o sistema financeiro está abusando, poderá estabelecer teto futuro", disse Marinho, durante uma entrevista coletiva para comentar a medida. "O desejo é que ele não tenha necessidade de recorrer a isso."
Também presente na entrevista e respondendo à mesma pergunta, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, reforçou que a expectativa do governo é que o aumento na concorrência entre os bancos para oferecer o crédito resulte em juros mais baixos para a modalidade.
"Qualquer banco vai poder fazer uma oferta, e isso diminui a necessidade de ter um teto de juros, porque a gente vai ter, a gente imagina, um elevado nível de competição", afirmou.
Pouco depois, o próprio Marinho disse que a ideia é que a plataforma do novo consignado privado crie uma "guerra" entre bancos para oferecer a modalidade e que isso diminua os juros. Ele acrescentou que o comitê gestor do consignado vai monitorar as taxas da modalidade.
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