A legislação espanhola já prevê a concessão da licença menstrualInternet/Reprodução
Empresa inova e implanta licença menstrual remunerada
Benefício ainda não tem legislação aprovada no Brasil, mas já é uma realidade em países como Espanha e Japão
A menstruação ainda é um tabu na sociedade e os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual) afetam 80% das mulheres brasileiras, de acordo com o Ministério da Saúde. No ambiente de trabalho, 81% das mulheres entrevistadas em pesquisa publicada na Revista BMJ Journals, em 2019, disseram ser menos produtivas no período menstrual. Pensando no cuidado com a saúde e qualidade de vida, o Grupo MOL, composto por 55 funcionários, sendo 46 mulheres (83,6%), anuncia a implantação do benefício de licença menstrual remunerada e a extensão da licença-maternidade.
A licença menstrual é um direito reconhecido em alguns países, como a Espanha, que foi o primeiro país do ocidente a aprovar a medida. Embora ainda não haja uma legislação sobre o assunto no Brasil, algumas empresas já começaram a adotar esse benefício. Para Roberta Faria, cofundadora e CEO da MOL, "menstruação não é doença, mas sintomas graves de dor e desconforto merecem o mesmo tratamento que qualquer outro problema de saúde que impeça uma pessoa de realizar plenamente seu trabalho".
O benefício concedido pelo Grupo MOL passa a valer a partir deste mês e dá o direito de até dois dias de licença ao mês, sem precisar apresentar atestado médico. Além da nova licença menstrual, a empresa implantou a extensão da licença-maternidade: além dos 120 dias obrigatórios por lei e dos 30 dias extras que o grupo já oferecia, a MOL passa a ofertar para as mães mais 60 dias de trabalho em meio período com pagamento integral, apoiando o momento de readaptação da volta à rotina. As iniciativas fortalecem um ambiente de trabalho mais inclusivo, saudável, igualitário e sem preconceitos.
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