Empresários do Rio relatam dificuldade em contratar mão de obra qualificadaReprodução

Rio - Dados da “Agenda”, levantamento realizado pela Deloitte, mostrou os principais desafios para as empresas que atuam no Rio de Janeiro e Espírito Santo em 2023. Segundo as organizações, os maiores obstáculos são: aumentar as vendas (76%), melhora nas margens de resultados (72%), aumentar a produtividade/eficácia (71%) e obter mão de obra qualificada (71%). O estudo, divulgado anualmente, também aponta fatores importantes para o crescimento das companhias como os riscos, a intenção de contratação e investimentos em tecnologia e inovação. A edição de 2023 da pesquisa “Agenda” ouviu 68 empresas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. A maior parte do setor de Serviços.

O ambiente de negócios traz preocupações para uma grande parcela do empresariado fluminense e capixaba. Quando perguntados quais seriam os cinco maiores riscos para este ano, 78% apontam para a inflação acima de 5%. Já a taxa de juros (Selic) acima de 10% ficou em 2º lugar, com 69%. Aumento da dívida pública (62%), crise política ou institucional (60%) e endividamento da dívida pública (59%) também foram citados.

“Mesmo diante dos desafios as organizações têm boas expectativas. Uma prova disso são as novas vagas de emprego que estão sendo ofertadas, principalmente aquelas ligadas às áreas de tecnologia e inovação. As empresas entenderam que investir na formação, no aprendizado, também é fundamental para a fluidez dos negócios”, afirma Marcelo Seixas, sócio-líder da Deloitte nos escritórios do Rio de Janeiro e Vitória.

Segundo os dados, a contratação de novos colaboradores é algo desejado por 43% das empresas. Já as que pretendem manter o quadro de funcionários, equivalem a 52%. Desses, 24% devem manter sem substituições, e 27% devem manter, mas com substituições – sendo que, deste índice, 24% indicam que a troca será feita por mão de obra mais qualificada.

As empresas também estão de olho na qualificação tecnológica dos seus profissionais. Enquanto 31% dizem que vão manter o preparo dos colaboradores, 54% delas prometem ampliar os investimentos em capacitação relacionadas ao uso de Inteligência Artificial (IA). A maior parte desses treinamentos (19%) será destinada a profissionais que atuam na área de Tecnologia da Informação (TI).

Investimento em inovação

Ainda de acordo com a “Agenda”, a IA já é uma realidade para 21% das empresas dos dois estados. A tendência é que este tipo de tecnologia esteja cada vez mais presente nas operações. Os resultados mostram que 15% dos negócios estão com alguma IA em fase de testes. Outros 34% afirmam não utilizar, mas pretendem em algum momento. Entre outros resultados, 15% das empresas continuarão apostando neste tipo de solução, enquanto 10% não farão qualquer aporte com esta finalidade.

As estratégias para crescer organicamente também foram identificadas pelo levantamento. Ao todo, 41% das empresas vão adquirir máquinas e/ou equipamentos; 38% esperam participar de licitações; 28% vão ampliar os pontos de vendas; 22% vão aumentar o parque fabril/área; 15% vão abrir novas unidades de produção; 12% desejam adquirir outras empresas; e 12% querem participar de concessões/privatizações.

Responsabilidade ambiental

Sobre os desafios para adoção e aceleração das práticas relacionadas à responsabilidade ambiental, 44% das empresas citam a difícil mensuração de resultados para a viabilidade. Outros fatores são: identificar ações/soluções/projetos na empresa (30%); baixo nível de incentivo do setor público (30%); incluir o tema na agenda estratégica da empresa (28%); problemas de regulamentação (21%); e acesso ao financiamento de projetos (18%).

“A Agenda é uma pesquisa tradicional da Deloitte que funciona como um ótimo termômetro anual das intenções e preocupações do empresariado para cada ano. O que podemos concluir sobre 2023 é que o ambiente de negócios preocupa o empresariado brasileiro, por fatores como o risco inflacionário, altos níveis das taxas de juros e a discussão sobre a reforma tributária. Assim, o desafio de buscar eficiência e produtividade nas atividades, sempre com bons resultados e crescimento, permanece no radar das empresas. Os executivos brasileiros sabem que uma agenda de investimentos estratégicos será fundamental para transformar as atividades das empresas, a fim de que mantenham a competitividade”, destaca João Gumiero, sócio-líder de Market Development da Deloitte.

Metodologia e amostra da pesquisa

A edição de 2023 da pesquisa “Agenda” contou com a participação de 501 empresas, cujas receitas líquidas totalizaram R$ 2,1 trilhões em 2022 – o que equivale a 21% do PIB brasileiro. Do total da amostra, 68 empresas são do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Desse total, 29% são do setor de serviços, 12% são de TI e Telecom, 12% de energia, 10% de finanças e 7% de manufaturas. As respostas da pesquisa foram coletadas entre 2 de fevereiro de 2023 e 5 de março de 2023.
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