Presidente da Associação Brasileira do Trabalho Temporário, Marcos de AbreuDivulgação

A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) prevê a geração de 630 mil vagas temporárias neste terceiro trimestre (julho a setembro). O número se equipara ao resultado do ano passado, quando foram geradas 629.880 vagas no período.
Para o presidente da entidade, Marcos de Abreu, o resultado do terceiro trimestre dependerá de alguns fatores, que podem ou não impulsionar a criação de novas vagas temporárias, como: a redução dos juros; o preço das commodities, como soja e milho; e a aprovação da Reforma Tributária.
“O mercado alega que a Reforma Tributária dará mais segurança para as indústrias. Assim, se aprovada, pode favorecer as contratações, já que este é o setor que mais tem gerado oportunidades temporárias”, explica. “Porém, as variáveis são imprevisíveis e algumas ações podem trazer consequências diretas nos números do Trabalho Temporário no Brasil, previsto nos termos da Lei Federal 6.019/74 e do Decreto nº 10.854/2021, visto que o regime jurídico visa atender às necessidades transitórias das empresas”, completa.
Reforço de trabalhadores
Os meses de julho, agosto e setembro tendem a ter alta nas contratações temporárias, impulsionadas principalmente pelo período de férias escolares e pelo aumento da demanda das indústrias com foco no final de ano.
“As férias escolares impulsionam a abertura de vagas temporárias no setor de Serviço, com destaque para as companhias aéreas, hotelaria e parques de entretenimento. E setor da Indústria dá início às contratações para atender às demandas de final de ano. Assim, todas essas áreas garantem reforços de trabalhadores temporários no período”, afirma Abreu.
No terceiro trimestre, as contratações devem ser puxadas pelo setor da Indústria (60%), seguido pelo de Serviços (30%) e Comércio (10%).
Já o resultado do segundo trimestre deste ano confirmou as projeções da Asserttem em relação às contratações temporárias, sendo geradas 524.460 vagas nos meses de abril, maio e junho.