Ministro Alexandre de Moraes concedeu liminar suspendendo a ação trabalhista contra a CabifyMarcelo Camargo/Agência Brasil
Alexandre suspende decisão que reconheceu vínculo empregatício entre motorista e aplicativo
TRT de Minas Gerais havia concordado com a tese de que o profissional mantinha relação trabalhista com a plataforma Cabify
São Paulo - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido da empresa de transporte por aplicativo Cabify e concedeu medida liminar que suspende processo trabalhista no qual havia sido reconhecido vínculo empregatício de um motorista com a companhia. A decisão agora derrubada por Alexandre foi dada pelos desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT3), em Minas Gerais.
Alexandre justificou sua decisão a partir da jurisprudência do Supremo. Ele citou decisões dos ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux que reconheceram a possibilidade da terceirização do trabalho em toda e qualquer atividade, meio ou fim, ou mesmo por outros modos "desenvolvidos por agentes econômicos".
"Assim, em um juízo de cognição sumária, é possível assentar que a posição reiterada da Corte se consolidou no sentido da permissão constitucional de formas alternativas da relação de emprego", escreveu o ministro.
Amparado nesses precedentes, o ministro concedeu a liminar pleiteada pela Cabify e suspendeu o processo. É sua segunda decisão nesse sentido este ano. Em maio, Alexandre suspendera outra sentença sobre o mesmo tema, comparando a relação entre o motorista de aplicativo e a plataforma à situação do transportador autônomo, que tem uma relação meramente de natureza comercial e não empregatícia.
A pauta do vínculo de trabalhadores de aplicativo com as empresas tem sido alvo de polêmicas em tribunais pelo mundo afora. A decisão de Alexandre de Moraes reforça o posicionamento do Supremo Tribunal Federal de que não há vínculo trabalhista nesses casos.
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