Mercado de petróleo e gás deve gerar mais de 20 mil empregos até 2028Divulgação
Mercado de petróleo e gás deve gerar mais de 20 mil empregos até 2028
Previsão consta do Anuário de Petróleo no Rio 2023, elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan)
Rio - O mercado de petróleo e gás deve gerar mais de 20 mil postos de trabalho até 2028. A constatação foi feita pelo Anuário de Petróleo no Rio 2023, elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Ainda segundo o estudo, no período de 2023 a 2028, destas oportunidades, 6.900 correspondem a vagas diretas nas plataformas e 13.800 indiretos nos diversos segmentos da cadeia produtiva — apoio marítimo, manutenção e reparo, escoamento da produção, reposição de equipamentos e peças, operações portuárias e bases de apoio, e transporte de passageiros, entre outras atividades.
Os salários médios de admissão do setor de Extração de Petróleo e Gás alcançam R$ 13.685, segundo levantamento Firjan de junho deste ano, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Já as principais formações profissionais demandadas pelas empresas que atuam no mercado de petróleo, para o nível superior, foram: Engenharia Mecânica, Química e Elétrica, Administração, Economia e Contabilidade. Já em nível técnico, se destacaram Mecânica, Eletrônica, Mecatrônica, Automação e Elétrica.
O crescimento do número de vagas na área se deve à projeção do aumento da produção de petróleo pelo Estado. A estimativa é que até 2030 o Rio seja responsável por 90% da produção nacional, chegando ao volume potencial de 4,8 milhões de barris/dia no final desta década. Atualmente, o Rio de Janeiro responde por 83% da produção brasileira.
O anuário também apontou que até 2028 entrarão em operação 23 novas Unidades Estacionárias de Produção (UEPs), mais conhecidas como plataforma de produção. Destas, 19 serão alocadas no Estado do Rio. As outras quatro ficarão distribuídas, sendo uma em São Paulo e uma no Espírito Santo, com inauguração em 2025, e duas em Sergipe, previstas para 2027.
"O levantamento do Anuário traz boas perspectivas e um melhor posicionamento do Rio de Janeiro e do país, com o aumento da produção, gerando desenvolvimento socioeconômico para todos”, destaca o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.
De acordo com o trabalho da Firjan, em 2022 a produção média de petróleo no Estado foi de 2,53 milhões de barris/dia, uma alta de 7,5% em relação a 2021.
"O Estado do Rio vem ampliando seu potencial para se tornar o grande polo de energia do país, tendo o petróleo como importante catalisador da indústria. Os diferenciais do Estado passam por seu vasto potencial energético, proximidade entre centros de oferta e demanda, grande carteira de novos projetos em segmentos diversos de energia, além de uma base industrial consolidada e de grande tradição de fornecimento ao mercado do setor", pontua Caetano.
Já a Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar (Seenemar) credita o crescimento do mercado de petróleo, gás e atividades relacionadas aos projetos de revitalização e a entrada de novas empresas operadoras nos campos maduros no norte do Estado, que oferecem boas perspectivas para a produção do pós-sal.
Comperj dá lugar ao Polo Gaslub
Localizado em Itaboraí, na Região Metropolitana, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) foi pensado para sediar empresas petroquímicas e refinarias, aumentando a oferta de empregos. Entretanto, após escândalos da Operação Lava Jato, o projeto original foi remodelado para abrigar uma unidade de tratamento de gás natural (UPGN) do pré-sal e rebatizado de Polo GasLub.
Inicialmente, a segunda versão do projeto tinha inauguração prevista para 2022. O prazo então foi adiado para o primeiro semestre deste ano, mas não aconteceu. Procurada O DIA, a Petrobras informou que a nova data de inauguração é 2024.
"O Projeto Integrado Rota 3, do qual faz parte a UPGN, é estratégico para a Petrobras e para o país, pois viabilizará o escoamento e processamento de até 21 milhões de m³/dia de gás natural produzido no Polo pré-sal da Bacia de Santos e o incremento da oferta de gás natural para o mercado brasileiro, reduzindo a dependência às importações de GNL", disse a empresa em nota.
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