Aline Cristina Ferreira, moradora do Santa Marta, e Bruno Celso de Jesus do Nascimento, morador de Nilópolis, ambos do Rio de Janeiro, são ganhadores nacionais do Prêmio Academia Assaí 2025Divulgação

Rio - Histórias de superação e criatividade marcaram a 8ª edição do Prêmio Academia Assaí, que reconhece micro e pequenos empreendedores do setor de alimentação em todo o Brasil. Neste ano, dois fluminenses conquistaram os principais destaques da premiação: Bruno Celso de Jesus do Nascimento, vendedor ambulante de Nilópolis, e Aline Cristina Ferreira do Nascimento, moradora do Santa Marta, em Botafogo.
Bruno foi o vencedor nacional na categoria Ambulante, enquanto Aline recebeu o prêmio especial de Inovação. O nilopolitano, conhecido por vender empadas, café e cappuccino nos trens da SuperVia, conquistou o público com seu atendimento bem-humorado e uniforme inspirado em comissários de bordo. Ele começou com apenas 35 empadas e hoje chega a vender mais de 2,5 mil unidades por dia. Como reconhecimento, recebeu R$ 15 mil em prêmios.
Já Aline é dona de um restaurante de comida japonesa que atende toda a comunidade do Santa Marta e emprega exclusivamente moradores locais. Com o prêmio de R$ 5 mil, ela pretende expandir o negócio. “Como lá não há empresas de entrega, eu mesma levo os pedidos. Assim, meus clientes podem saborear um sushi de qualidade ou um yaki dog quentinho. Todas as cinco pessoas que trabalham comigo são da comunidade”, contou.
Além dos fluminenses, o prêmio também reconheceu Cacau Pimentas, de Itacaré (BA), na categoria Ponto Fixo; Felipe Benvenuto, de Foz do Iguaçu (PR), em Tecnologia; Micaela Gonçalves, de Porto Alegre (RS), em Vendas por Encomenda; e Francisca Luciana Araújo Lisboa de Athayde, de Belém (PA), na categoria Sustentabilidade.
Em 2025, o Instituto Assaí — responsável pela iniciativa — registrou mais de 7,5 mil inscrições e distribuiu R$ 1,3 milhão em prêmios e apoio financeiro. Todos os participantes tiveram acesso a mais de 10 horas de capacitação em gestão e crescimento de negócios. A edição também reforçou o compromisso com a diversidade e inclusão: 74% dos inscritos são mulheres e 61% se autodeclaram pretos ou pardos, evidenciando a força de grupos historicamente sub-representados no empreendedorismo brasileiro.
Bruno comemorou o resultado e destacou a importância do aprendizado oferecido pelo programa. “Vou conseguir investir mais e melhorar meus carrinhos, levando ainda mais qualidade e sabor para os passageiros. Persista, porque esse prêmio, assim como está mudando a minha vida, pode mudar a sua também”, afirmou.
Os 30 vencedores regionais participaram de duas semanas de formação, com uma etapa final presencial em São Paulo, onde apresentaram seus negócios a uma banca composta por representantes do Instituto Assaí, do Assaí Atacadista, da Aliança Empreendedora e da CUFA (Central Única das Favelas).
Segundo Fábio Lavezo, gerente de Sustentabilidade e Investimento Social do Assaí Atacadista, o prêmio é uma forma de valorizar a resiliência e o potencial transformador do pequeno empreendedor. “O empreendedorismo no Brasil exige coragem e preparo. A Academia Assaí cumpre esse papel ao oferecer capacitação e apoio financeiro que impulsionam negócios e transformam vidas”, afirmou.