Rondinelli Zagueiro de Flamengo 1978 - Reprodução Canal 100
Rondinelli Zagueiro de Flamengo 1978Reprodução Canal 100
Por O Dia

"A decisão de 1978 é inesquecível não só pela conquista do título carioca, mas porque marcou o pontapé inicial para a arrancada da 'Geração Zico', que culminou com a conquista do título mundial de 1981 e que brilhou intensamente até 1983. Também foi uma final digna do gigantismo do Maracanã. Impossível não enaltecer a força da nação rubro-negra na arquibancada, nosso 12º jogador, que nos ajudou a escrever nosso nome na história do Flamengo.

O gol que marquei, no fim do jogo, veio de minha intuição. Enfrentamos um adversário experiente, que estava engasgado na nossa garganta, após o nosso vice-campeonato estadual de 1977, e fui muito feliz naquela cabeçada. O Zico foi fantástico no cruzamento. Ele alçou a bola na área para que eu brigasse com a zaga adversária. Sempre tive impulsão e fui feliz demais ao subir mais do que o Abel. Aquele gol permitiu a nossa consagração. Foi um momento único dividir aquela alegria com a torcida do Flamengo. Um êxtase total, algo único, especial, uma sensação que nunca mais vivenciei de novo.

Ser considerado o 'Deus da Raça' é gratificante, não tem preço. Eu não tinha muita técnica, mas uma entrega total, tipo kamikase, quase um suicida para evitar o gol adversário. Eu jogava com raça e honrava o Manto Sagrado, respeitava a torcida e fomos muito felizes enquanto lá estive.

Agora, tudo que espero é que o Flamengo seja campeão carioca em 2019 com esta filosofia, de entrega, de garra. Tem uma grande vantagem e é uma equipe muito melhor do que a do Vasco, que é apenas aplicado taticamente. Não vejo chance de o Flamengo não erguer a taça. Quero que o time ganhe tudo em 2019, principalmente a Libertadores e o Mundial novamente".

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