Claudia Gadelha vai enfrentar Alexa Grasso neste sábado, no UFC 246, em Las Vegas - Divulgação UFC
Claudia Gadelha vai enfrentar Alexa Grasso neste sábado, no UFC 246, em Las VegasDivulgação UFC
Por Jessyca Damaso
Hoje quinta colocada na disputada categoria do peso palha, Claudia Gadelha tem passado por uma onda de resultados e performances irregulares nos últimos anos. Para retomar os caminhos da vitória e se reaproximar de mais uma oportunidade de disputar o cinturão da divisão, a potiguar vai enfrentar a canadense Randa Markos no UFC 239, neste sábado, na T-Mobile Arena, em Las Vegas.
Dos últimos três confrontos, Claudinha ganhou apenas um. Para a lutadora, que fez sua estreia profissional no MMA em 2008, esse período de instabilidade foi um desgaste natural, de uma atleta que vem competindo há muito tempo. 
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"Venho passando por uma fase ruim, com baixa motivação. Nossa vida é bem complicada, porque temos que manter o ânimo e a força de vontade em um nível muito alto, o tempo todo. Acho que o que acabou acontecendo comigo foi o desgaste de estar há muito tempo na estrada e competindo em alto nível. Mas agora estou concentrada e animada demais para lutar", disse Claudinha.
Durante 14 anos, Claudinha fez parte da equipe Nova União, mas há três anos ela deixou o Brasil em busca de uma melhor preparação. Hoje, ela mora em Las Vegas e treina no Instituto de Alta Performance do UFC.
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"Ciência é ciência. Tenho aprendido a me cuidar mais e a fazer uma boa recuperação. Nunca me esforcei muito. Talvez por ignorância de não saber, de não me cuidar", avaliou a lutadora, que para o combate contra a Randa, optou por ir para New Jersey treinar com grandes nomes do UFC:
"Tive algumas mudanças táticas. Treinei com Frankie Edgar, Marlon Moraes e outros atletas profissionais. Foi ótimo pra mim. Estar perto desses caras me motiva muito. Estou muito preparada", revelou Gadelha.
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Dificuldades no início da carreia
Quando o assunto é MMA feminino, Claudinha Gadelha é uma das pioneiras. Nascida em Mossoró, no Rio Grande do Norte, a lutadora abriu o coração e revelou sua história de superação no esporte.
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"A maior dificuldade foi o começo da minha carreira. Comecei a lutar numa época onde as mulheres não estavam no UFC, então tinha muita dificuldade pra encontrar adversária, cheguei a lutar em duas categorias acima da minha. Precisei passar por isso até chegar onde estamos hoje. Não sabíamos onde ia dar, se o UFC teria uma categoria feminina, mas continuamos insistindo", desabafou a brasileira.
Gratidão ao UFC

"Minha vida mudou 100%. A primeira luta do peso palha no UFC foi minha. Tenho orgulho de ter isso marcado na história da minha vida. Sou uma mulher de 30 anos, que veio do Nordeste e hoje posso ajudar minha família. Posso dar uma vida diferente para os meus pais, lá no Rio Grande do Norte, com uma qualidade de vida melhor. Meu maior orgulho e meu objetivo número 1 é cuidar deles e retribuir tudo o que fizeram por mim".
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Thiago Marreta vs. Jon Jones

Neste sábado, na luta principal do UFC 239, Thiago Marreta vai entrar no octógono com o objetivo de ser o primeiro lutador a destronar o dominante campeão do peso meio-pesado Jon Jones. Na opinião de Claudinha, a tarefa é difícil, mas está confiante de que o brasileiro vai sair vitorioso do confronto. "Os dois são muito bons. Mas espero que o Marreta encaixe um golpe certeiro e leve a luta".