"Tem uma frase que foi dita, que você disse, que é a principal questão aqui do processo, que você disse, mais ou menos isso, "façam isso, mas façam longe daqui"", questionou a juíza responsável por interrogar a esposa de Brittes.
Contrariando a versão de uma das testemunhas, Cristiana se defendeu da acusação e afirmou não saber do crime momentos antes das agressões feitas em Daniel.
"Nunca, jamais. Meu Deus, eu não queria que batessem nele, muito menos que matassem. Todo momento eu pedi ajuda, todo momento eu pedi para ligar para a polícia, para fazer alguma coisa, mas ninguém fazia nada".
Cristiana Brittes é acusada de homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, corrupção de menor e fraude processual. O interrogatório deve seguir até a sexta-feira, dia 9. A audiência estava marcada para agosto, porém, apenas três testemunhas foram depôr. Os outros envolvidos participarão nesta nova leva de audiências.
RELEMBRE O CASO
O empresário Edison Brittes assumiu, em depoimento à polícia, ter matado o jogador Daniel Correia, de 24 anos. O caso aconteceu na madrugada do dia 27 de outubro do ano passado, na casa de Brittes em Curitiba. Edison alegou que defendia a esposa de suposto estupro de Daniel, que estava no quarto do casal.
Para a Polícia Civil e o Ministério Público, não houve estupro. Seis acusados de se envolverem no assassinato estão presos e Evellyn Perusso, acusado de falso testemunho e calúnia na denúncia, responde em liberdade. Daniel estava atuando no São Bento, emprestado pelo São Paulo. O jogador também tem passagens por Coritiba e Botafogo.