Alef Manga é um dos jogadores citados na investigação da Operação Penalidade MáximaDivulgação

O Coritiba suspendeu o contrato de Alef Manga, que foi notificado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) a prestar depoimento. O atacante, vale lembrar, foi citado em planilhas e em conversas de esquemas de manipulação de apostas no futebol brasileiro, que constam na investigação da Operação Penalidade Máxima II. A informação é do site "ge".
Com isso, Manga fica longe do dia a dia do Coritiba, sem receber salários, mas sem o desligamento completo. Nesse período, o clube vai abrir uma investigação interna para avaliar a participação do atleta no esquema de apostas. Depois disso, irá rescindir o contrato do atacante se for comprovado seu envolvimento no caso.
Segundo o site, o clube tomou a decisão após uma reunião com o staff do atleta. O fato do advogado deixar a defesa de Alef Manga no caso chamou a atenção do Coxa.
Em nota divulgada para a imprensa, o advogado, que permanece na defesa de Trindade, explicou sua saída da defesa de Manga: "Escusa de consciência é o direito que a pessoa possui de se recusar a cumprir determinada obrigação ou a praticar certo ato por ser ele contrário às suas crenças religiosas, ou à sua convicção filosófica, ou política".
Cabe destacar que, desde a noite da última sexta-feira, o Coritiba faz reuniões com a diretoria para tomar uma medida sobre Alef Manga e também Jesús Trindade, citados nas investigações e intimados pelo MP-GO a depor. Em um primeiro momento, a ideia do Coxa era esperar os depoimentos dos dois jogadores antes de tomar uma decisão, mas isso mudou. A decisão sobre o futuro de Trindade ainda não foi tomada.
Alef Manga e Jesús Trindade não foram relacionados para o jogo contra o Vasco, na última quinta-feira (11). Agora com contrato suspenso, o atacante não poderá atuar pelo clube durante as apurações. Já o volante, não foi relacionado para o jogo deste domingo contra o Athletico-PR.
Entenda o caso
Nesta segunda fase da Operação Penalidade Máxima, o MP-GO denunciou 16 pessoas, entre atletas e apostadores que viraram réus no caso. Bruno Lopez, preso preventivamente, é considerado o líder da quadrilha.
Entre os jogadores, foram denunciados Eduardo Bauermann (Santos), Fernando Neto (Operário-PR hoje no São Bernardo), Gabriel Tota (do Juventude emprestado ao Ypiranga-RS), Igor Cariús (ex-Cuiabá e hoje no Sport), Matheus Gomes (Sergipe), Paulo Miranda (ex-Juventude e sem clube), Victor Ramos (ex-Portuguesa e atualmente na Chapecoense).
Eles responderão por crimes definidos pelo Estatuto de Defesa do Torcedor, cujas penas podem variar de dois a seis anos de prisão.
Outros quatro jogadores fizeram acordo e ajudaram nas investigações: Kevin Lomónaco (Bragantino), Moraes (Atlético-GO), Nikolas Farias (Novo Hamburgo-RS) e Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria). E muitos atletas foram citados nas investigações, com prints de conversas entre eles e apostadores.