Faltando apenas duas semanas para o início da Copa do Mundo Feminina, a seleção de Zâmbia, que fará sua estreia em Mundiais, está envolta em um escândalo. De acordo com o jornal inglês "The Guardian", o técnico Bruce Mwape está sendo investigado pelo crime de abuso sexual, conforme denúncias de jogadoras.
Mwape comanda a seleção de Zâmbia desde 2018, quando ajudou a equipe a conseguir a classificação para o Mundial deste ano, na Austrália e na Nova Zelândia, de forma inédita. Em setembro de 2022, a FAZ (Associação de Futebol de Zâmbia) afirmou que iniciou uma investigação de abuso sexual contra jogadoras da seleção feminina, tendo Mwape e Kaluba Kangwa, técnico do sub-17, entre os investigados.
"Se ele (Mwape) quiser dormir com alguém, você tem que dizer sim. É normal que o técnico durma com as jogadoras no nosso time", denunciou uma atleta ao "The Guardian", que não quis se identificar.
Outra fonte alegou que a Federação faz "vista grossa" com as denúncias de abuso contra Mwape, por conta de seu sucesso esportivo à frente da seleção feminina de Zâmbia.
"Elas são ameaçadas com punições se falarem alguma coisa que tenha acontecido. A federação ignora, pois as mulheres tiveram bons resultados. É uma forma deles mostrarem ao público e para as autoridades uma imagem de sucesso. Mas nos bastidores, a situação é muito feia", revelou outra fonte.
Em comunicado oficial, o secretário-geral da FAZ, Adrian Kashala, manifestou que a federação vai abrir um inquérito para investigar as denúncias contra Bruce Mwape. A Fifa também vai investigar o caso.
"Apesar de não termos recebido nenhuma denúncia oficial nas alegações, nós as consideramos muito sérias e abrimos um inquérito para apurar. Nós vamos colaborar com a polícia de Zâmbia e outras autoridades competentes para lidar com este caso", disse a federação, em comunicado.
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