Paulo Roberto FalcãoDivulgação

Rio - O coordenador de futebol do Santos, Paulo Roberto Falcão, foi denunciado nesta sexta-feira (4) por uma funcionária do condomínio residencial onde mora, no litoral de São Paulo, por importunação sexual. A vítima registrou o boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de Santos.
A vítima é recepcionista do local. Em depoimento, ela afirmou ter sido importunada por Falcão. Segundo as informações do documento, os "atos" do coordenador de futebol do Santos "não deixaram vestígios" e, por isso, não será necessário exame de corpo de delito. 
Segundo o Código Penal, importunação sexual é "praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro". Ou seja, é praticar qualquer ato de cunho sexual sem o consentimento da vítima. A pena para o crime é de 1 a 5 anos de reclusão.
O ex-jogador, de 69 anos, é coordenador de futebol do Santos desde novembro do ano passado. Falcão foi revelado pelo Internacional, em 1973, onde permaneceu até se transferir para a Roma, da Itália, em 1980. Ele defendeu a seleção brasileira entre 1976 e 1986, quando aposentou após a Copa do Mundo.
Após a divulgação da denúncia, Paulo Roberto Falcão pediu para deixar o cargo de coordenador de futebol do Santos. Em nota, o ex-jogador e dirigente afirmou que deixa o clube por causa dos protestos pelos maus resultados e nega que tenha cometido a importunação sexual com a funcionária do condomínio.
Confira a nota oficial:
"Em respeito à torcida do Santos Futebol Clube, pelos recentes protestos diante do desempenho do time em campo, decidi deixar o cargo de coordenador esportivo nesta data. Meu sentimento, em primeiro lugar, é defender a imagem da instituição. Sobre a acusação feita nesta sexta-feira, que recebi com surpresa pela mídia, afirmo que não aconteceu."