Eduardo Bauermann foi punido por envolvimento em esquema de manipulação de apostas esportivasIvan Storti/Santos

Rio - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou ofício à Fifa solicitando que os jogadores punidos por manipulação de apostas esportivas não possam atuar em outras ligas fora do país. Para a entidade, as suspensões devem valer em todas as 211 federações vinculadas ao órgão máximo do futebol para mostrar que os casos não podem ser amenizados. As informações são do "Estadão".

Nove jogadores foram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva em julgamento: Alef Manga, Nino Paraíba, Bryan, Diego Porfírio, Thonny Anderson, Igor Cariús, Vitor Mendes, Sávio Alves e Dadá Belmonte. Outros já haviam sido condenados, como: Eduardo Bauermann, Moraes, Paulo Miranda, Gabriel Tota, Fernando Neto, Lomónaco e Matheus Gomes.

Se alguns atletas foram dispensados por seus clubes, outros se transferiram para o futebol do exterior. Alef Manga, réu confesso na Operação Penalidade Máxima, por exemplo, trocou o Coritiba pelo Pafos, do Chipre. Julgado anteriormente e com os mesmos 360 dias de pena do atacante do clube paranaense, Eduardo Bauermann deixou o Santos para defender o Aytemiz Alanyaspor, da Turquia.

As penas do STJD chegam a 480 dias, e os envolvidos também foram multados. Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues comentou sobre os casos de manipulação e revelou encaminhamentos para resolver o imbróglio que tem assombrado os bastidores do futebol brasileiro.
"É importante ressaltar que, desde que tomei conhecimento, pelo Ministério Publico de Goiás, das denúncias de manipulação de resultados, encaminhei à presidência da República e ao ministro da Justiça, Flávio Dino, ofício solicitando que a Polícia Federal passasse a investigar os casos de manipulação de apostas e tive o pedido prontamente atendido. Um passo que foi fundamental para chegarmos à atual situação", disse mandatário.
"Não há a possibilidade de a nossa gestão, em qualquer instância, compactuar com qualquer tipo de crime. Todos os casos estão sendo encaminhados para a Fifa e os envolvidos vão responder onde quer que estejam", completou.