Luis Díaz, atacante do LiverpoolDivulgação/Liverpool
Governo da Colômbia garante que grupo radical libertará pai sequestrado de Luis Díaz
Pai do atleta do Liverpool está sob custódia desde o último dia 28
Colômbia - O governo da Colômbia garantiu nesta sexta-feira que o ELN vai libertar o pai do jogador de futebol Luis Díaz, sequestrado em 28 de outubro por essa guerrilha em meio a negociações de paz e um pacto de cessar-fogo.
"As ações mencionadas por porta-vozes do ELN na mesa de negociações indicam que vai ser libertado(...) É evidente que se houver um acordo para receber o pai do jogador devera ser estabelecida uma área segura para recebê-lo", declarou à imprensa o ministro do Interior, Luis Fernando Velasco.
A imprensa colombiana divulgou um suposto comunicado no qual os rebeldes anunciam o início do "processo de libertação" de Luis Manuel Díaz.
O texto com data de 2 de novembro, cuja autenticidade não pôde ser confirmada pela AFP, assegura que o sequestro tem objetivo financeiro, embora supostamente fosse desconhecido que a vítima era pai do astro do Liverpool.
Conhecido no povoado indígena de Barrancas como 'Mane', Luis Manuel Díaz foi sequestrado junto com sua esposa, Cilenis Marulanda.
Cilenis foi libertada horas depois, quando homens do Exército e da polícia realizavam uma operação por terra e ar para localizar o casal em uma região desértica e próxima à fronteira com a Venezuela.
O governo indicou na sexta-feira como responsável pelo sequestro a guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN), com a qual negocia a paz desde novembro.
"Preciso expressar meu mais profundo repúdio não apenas por ter sequestrado o pai de Luis, mas porque no decorrer dos acontecimentos não foi (o ELN) capaz de libertá-lo", declarou nesta sexta o presidente Gustavo Petro de Washington, onde participa de uma cúpula econômica.
Rebeldes e a força pública cumprem um cessar-fogo bilateral desde 3 de agosto, monitorada pelas Nações Unidas e outros organismos internacionais no marco dos diálogos de paz.
"À medida que o tempo passa ficam mais perigosas as circunstâncias para o senhor Díaz. (...) Frente à reconstrução da confiança e as possibilidades de paz na Colômbia, (o ELN) tem que fazer um esforço imediato e profundo para libertar o senhor Díaz", afirmou Petro.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.