George Russell é piloto da MercedesDivulgação/Mercedes

Rio - A temporada de 2023 da Fórmula se encerrou no último domingo (26) com mais uma vitória de Max Verstappen, dessa vez no GP de Abu Dhabi. De férias, o britânico George Russell comentou sobre o cansaço sentido na reta final do ano e relatou que teve alguns sintomas físicos como febre e tosse nas últimas provas do calendário.  
"Eu estava tossindo umas quatro vezes por volta, então estava me sentindo bem miserável lá no carro. Fiquei muito doente nas últimas duas semanas; em Vegas, com uma febre forte, eu não conseguia dormir e me sentia muito mal. Depois tive uma tosse horrível que ficou comigo a semana toda, e quando estava dentro do carro. Eu tossi em cada uma das voltas, mas não dá para respirar quando você está preso dentro do carro, nem respirar fundo antes de tossir", contou o inglês.
Russell também revelou que não foi o único a sentir o desgaste no final da temporada devido ao esforço durante todo o ano.  
"Nós, pilotos, estamos em uma posição melhor entre as pessoas aqui. Da forma como nós viajamos, estamos numa posição privilegiada. Mas o resto das pessoas dentro e fora do paddock... temos tantos mecânicos que ficaram doentes, pessoas nas salas de engenheiros sofrendo com as mudanças constantes de fuso horário. O corpo não sabe onde você está, comendo em horários diferentes, ficando em hotéis diferentes, ambientes, climas diferentes. O corpo fica confuso", completou. 
A Fórmula 1 tem entre seus planos aumentar o número de provas numa temporada. Em 2023 foram disputadas 22 corridas, contando com a suspensão do GP da Emília-Romanha que seria disputado em maio e foi cancelado por questões climáticas. 
O calendário de 2024 prevê a realização de 24 provas, um recorde na história da categoria. A temporada está marcada para começar no início de março, com o GP do Bahrein, e o término, em Abu Dhabi, no dia 8 de dezembro. 
"Há conversas para o próximo ano sobre regular a situação dos funcionários para que eles não estejam em todas as corridas. Isso seria bom. Não acho que seja sustentável para quatro mil pessoas trabalhar em 24 corridas numa temporada, especialmente quando você vê como isso (o calendário) não faz sentido, geograficamente falando", comentou Russell.