Publicado 16/05/2024 15:16
Rio - A morte do narrador Silvio Luiz, aos 89 anos, mobilizou o futebol brasileiro e o jornalismo esportivo do país nesta quinta-feira (16). Antes de entrar para a história com seu estilo único de narrar e seus bordões inesquecíveis, ele fortaleceu sua relação com o esporte sendo árbitro.
PublicidadeEm 1965, formou-se na Escola de Árbitros da Federação Paulista de Futebol. Por curiosidade, o eterno locutor graduou-se na mesma turma que Dulcídio Wanderley Boschillia e José de Assis Aragão, dois dos nomes mais emblemáticos da história da arbitragem brasileira.
O motivo, no entanto, nunca foi para de fato apitar partidas, mas sim para investigar bastidores de esquemas de resultados, que eram falados na época, e, consequentemente, fazer reportagens denunciando. Porém, acabou não descobrindo nada. A profissão acabou se tornando uma terapia para Silvio.
Por cinco anos exerceu a profissão. De início, ele esteve no comando de jogos menores, mas, aos poucos, foi sendo escalado para duelos maiores, chegando a trabalhar no Campeonato Brasileiro de 1970. Nesse mesmo ano, Silvio foi um dos assistentes da partida de inauguração do Morumbi.
Pouco tempo depois abandonou a carreira, devido a uma série de boicotes por parte da Federação Paulista de Futebol.
Conhecido pela imponente voz e o estilo único de narrar jogos, Silvio Luiz marcou uma geração com bordões como "olho no lance", "pelas barbas do profeta", "pelo amor dos meus filhinhos", "foi, foi, foi dele", entre outros. Ele foi a voz do PES (Pro Evolution Soccer), jogo eletrônico de futebol, nas edições de 2011 até 2016.
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