Música foi divulgada em uma transmissão ao vivo feita pelo meio-campista Enzo Fernández, da ArgentinaEduardo Muñoz / AFP
Publicado 19/07/2024 17:33
Buenos Aires - Após declarações polêmicas da vice-presidente da Argentina, Victoria Villarruel, sobre a música racista cantada pelos jogadores da seleção depois do título da Copa América, o governo se desculpou com a França. Ela fez uma publicação nas redes sociais e saiu em defesa do meia Enzo Fernández, um dos envolvidos no ocorrido. 
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Em uma coletiva de imprensa, a informação foi confirmada pelo porta-voz presidencial Manuel Adorni. Na última sexta-feira, a secretária do governo e irmã do presidente Javier Milei foi até a embaixada francesa para "explicar que o infeliz comentário ocorrido nas redes sociais foi a título pessoal e que não é a posição do governo misturar questões esportivas com questões diplomáticas".
"Nenhum país colonialista vai nos intimidar por uma canção de campo ou por dizermos verdades que não querem admitir. Parem de fingir indignação, hipócritas. Nenhum país colonialista não vai nos amedrontar por uma canção de torcida nem por dizer as verdades que não querem admitir. Basta de simular indignação, hipócritas. Enzo eu te banco (apoio)", escreveu a vice-presidente. 

Entenda o caso

Em comemoração, os jogadores da Argentina cantaram uma música racista e transfóbica após o título da Copa América. A canção ficou famosa durante a Copa do Mundo de 2022, quando a Albiceleste derrotou a França na final.

"Eles jogam pela França
mas são de Angola
que bom que eles vão correr
se relacionam com transexuais
a mãe deles é nigeriana
o pai deles cambojano
mas no passaporte: francês", diz a letra da música.

A música foi divulgada em uma transmissão ao vivo feita pelo meio-campista Enzo Fernández, nas redes sociais. Ele, inclusive, encerrou o vídeo quando percebeu de qual canção se tratava. Depois, pediu desculpas, mas o Chelsea e a Fifa abriram investigações sobre o caso
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