Publicado 14/08/2024 16:20 | Atualizado 14/08/2024 16:22
Isaquias Queiroz tem uma prata única da Olimpíada de Paris e fez questão de mantê-la assim. Um dos seis atletas homenageados pelo Flamengo nesta quarta-feira (14), o canoísta desistiu de trocar a medalha que conquistou no C1 1000 m da canoagem de velocidade e que ficou lascada após uma queda durante a comemoração com o filho Sebastian.
PublicidadeInicialmente, Isaquias pensou em trocar e chegou a fazer o pedido por uma nova. Entretanto, pensou melhor e quis manter a medalha lascada. Afinal, foi a primeira conquistada em Olimpíada com a família presente e após um pedido especial do filho para que ganhasse uma.
"Cheguei ao aeroporto e eu nem quis saber da medalha, eu quis saber do 'machucado' dela. Então já virou parte da medalha, vai ficar ali. Eu tive a oportunidade de trocar lá na Vila (Olímpica), levaram uma nova para mim, mas falei: 'não, vou ficar com ela mesmo'. E está na história, tanto a medalha como a marca do meu filho Sebastian. Quando alguém quiser pegar já vai ver a marquinha dele", afirmou o atleta de 30 anos.
Principal nome da canoagem brasileira, ele recebeu o carinho de crianças, jovens atletas, sócios e torcedores que foram à Gávea prestigiar o evento em homenagem a ele, às ginastas Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Flávia Saraiva e Lorrane Oliveira, e à judoca Rafaela Silva.
"Eu fico muito feliz pela recepção, acho que o Clube de Regatas do Flamengo proporciona esse momento incrível para nós, atletas medalhistas em Olimpíada. Poder estar ao lado de uma grande medalhista olímpica, como a Rebeca, que muito além da Olimpíada, mostrou pra gente, atletas do Time do Brasil e do Flamengo, que nada é impossível em busca dos resultados. Cara, eu fico muito feliz de poder receber todo esse carinho, todo esse calor humano", celebrou.
Isaquias Queiroz quer desenvolver canoagem no Brasil
E diante de mais uma conquista olímpica, Isaquias tornou-se o segundo maior medalhistas do país ao lado de Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco, e atrás apenas de Rebeca Andrade, com seis. Essas idas ao pódio, inclusive, ajudam o atleta a ficar mais próximo de outro objetivo, que também é muito importante, de desenvolver a modalidade no Brasil.
"Fico muito feliz de incentivar a garotada na canoagem e a praticar outros esportes. Tanto pra mim quando pras meninas, ver o crescimento do esporte brasileiro é mais motivação ainda pra ir para as próximas Olimpíadas, campeonatos nacionais e mundiais", disse, completando:
"Meu objetivo é esse, fazer a canoagem ser mais popular, mais reconhecida no cenário nacional e internacional. E espero ganhar mais medalhas e, quem sabe, mais do que a ginástica (risos), mas aí é uma briga feia, tá?".
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