John Textor é acionista do BotafogoVitor Silva / Botafogo
Publicado 19/09/2024 20:01
Rio - Após o empate sem gols entre Botafogo e São Paulo, o acionista majoritário da SAF alvinegra, John Textor, rebateu declarações do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, a respeito do fair play financeiro no futebol brasileiro. O mandatário do Fla criticou a falta desse conjunto de regras no país. O empresário americano se opôs à declaração e citou a si mesmo como exemplo a ser seguido.
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"Outro dia o Landim (presidente do Flamengo) disse que precisamos de uma lei de fair play financeiro, porque lugares como o Brasil não tem regras e que isso favorece que investidores se aproveitem do futebol brasileiro. A única coisa, quando se fala em fair play financeiro, é que todos os clubes do Brasil possam fazer as mesmas coisas que eu. Então faça as coisas que eu estou fazendo. Pegue o telefone, ligue para outro clube, encontre um atleta, venda o seu projeto para ele, e traga-o para o seu time", respondeu.
Com investimento pesado, o Glorioso fez as duas contratações mais caras da história do futebol brasileiro em 2024; Luiz Henrique por R$ 106,6 milhões; e o argentino Thiago Almada por R$ 134,7 milhões. O movimento do Botafogo na janela, e as quantias altas de dinheiro investido, chamaram atenção, e o assunto passou a ser discutido com mais frequência.
O tema do fair play financeiro foi discutido no dia 2 de setembro. Em reunião na sede da CBF, a Comissão Nacional de Clubes tratou sobre a implementação da medida no futebol brasileiro, com data para começo no início de 2025. Textor disse não ter sido chamado para o encontro.
O empresário americano vem conquistando algumas inimizades, já que discutiu com dirigentes de outros clubes, como São Paulo e Palmeiras. O último foi Pedrinho, presidente do Vasco. Esses representantes tem algo em comum, todos criticam uma possível quebra do fair play financeiro nas contratações e salários do Botafogo.
"Eu estou fazendo exatamente o que está predefinido na regra do fair play financeiro. Estamos investindo em jogadores, mas gastando consideravelmente menos do que a lei estabelece. Então, não me digam que o Botafogo está quebrando regras e que se estivéssemos em outro país, seríamos punidos, porque não seríamos", afirmou Textor.
"Os contratos com os clubes exigem que eu invista muito, mas como invisto com sabedoria, lamento informar, mas nossas receitas aumentaram em cinco vezes. Todo clube pode ser um pouco mais criativo e fazer as coisas que estou fazendo para preencher as lacunas em seu elenco e isso é fair play", completou.
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