Estevam Soares era treinador do PatrocinenseDivulgação / Patrocinense
Como era o técnico do time mineiro na época, Estevam foi um dos sete investigados, mas seu envolvimento direto na fraude não foi comprovado. No entanto, o STJD o multou em R$ 20 mil por não denunciar as irregularidades. Em entrevista ao GE, ele negou conhecimento do esquema e afirmou que só suspeitou ao final de sua passagem pelo Patrocinense.
"Já no final, começaram a surgir alguns rumores dentro da própria cidade. A gente ouvia um falar, outro falar. Mas ninguém chegou para mim e falou: 'pô, professor, vieram tentar me aliciar aqui'. Foi depois da própria denúncia que eu comecei a pôr a cabeça pra pensar, comecei a analisar, comecei a lembrar de lances, a lembrar de acontecimentos", explicou.
"A bagunça é que os caras [os jogadores] estavam na noite, que os caras talvez não estivessem se cuidando. A gente estava discutindo em cima disso, em cima da parte técnica, da parte física, principalmente a parte física, por que havia uns decréscimos em determinados momentos da partida. Mas isso aí [fraude] nunca passou pela cabeça", disse Estevam.
Os advogados de Estevam Soares, Renato Teixeira da Costa e Nanci Butori, declararam em nota que o treinador "não teve qualquer envolvimento nem se beneficiou de esquemas ilícitos. Além disso, informaram que ele recorreu da condenação por omissão, argumentando que não existem provas concretas de que ele tivesse conhecimento das irregularidades.
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