Ednaldo Rodrigues, presidente da CBFStaff Images / CBF
CBF não envia representante em sorteio e aumenta tensão com a Conmebol
Ednaldo Rodrigues não compareceu no evento e cobra posicionamento da Fifa
Rio - O clima esquentou nos bastidores. A CBF não enviou representantes para o sorteio da fase de grupos da Libertadores e Sul-Americana, na segunda-feira (17), e aumentou a tensão com a Conmebol, segundo o "ge". A entidade do futebol brasileiro demonstrou insatisfação com a pena para o Cerro Porteño, do Paraguai, após as ofensas racistas para o atacante Luighi, do Palmeiras, na Libertadores sub-20.
A Conmebol puniu o Cerro Porteño em 50 mil dólares (cerca de R$ 284 mil) e determinou que as partidas fossem disputadas com portões fechados, mas somente na competição sub-20. A CBF considerou a pena branda. A presidente Leila Pereira, do Palmeiras, ressaltou que a multa foi inferior, por exemplo, a um atraso da equipe alviverde para entrar em campo na Libertadores.
Além da ausência de representantes da CBF, a presidente palmeirense Leila Pereira também não compareceu ao sorteio da fase de grupos da Libertadores. A mandatária do Alviverde, inclusive, chegou a sugerir que os clubes brasileiros não disputassem as competições da Conmebol. Questionado sobre isso, o presidente da entidade sul-Americana, Alejandro Domínguez, afirmou que isso seria como "Tarzan sem Chita".
A CBF enviou um ofício para a Fifa, pois considera que o protocolo para casos de racismo foi ignorado, e aguarda uma resposta. O protocolo prevê que, em casos de racismo, o árbitro deve paralisar o jogo e exigir o fim das ofensas, o que não ocorreu. Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender temporariamente ou até mesmo determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.