Alejandro Domínguez quer aumentar número de países na Copa de 2030, mas tem enfrentado resistênciaDaniel Duarte / AFP

A ideia do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, de aumentar o número de seleções para 64 na Copa do Mundo de 2030, tem enfrentado resistência por parte de alguns dos principais líderes do futebol pelo planeta. Nesta terça-feira (15), foi a vez de Victor Montagliani, presidente da Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), rejeitar a proposta.

Na última semana, Domínguez havia sugerido um Mundial ainda mais amplo do que o de 2026, que já terá 48 seleções. Ele queria a novidade na edição que vai comemorar o centenário do torneio, com jogos em seis países e em três continentes.

"Não acredito que expandir a Copa do Mundo masculina para 64 equipes seja o movimento correto para o torneio em si e para o ecossistema mais amplo do futebol, desde as seleções até as competições de clubes, ligas e jogadores", disse Montagliani à 'ESPN'.
"Ainda nem demos início à nova Copa do Mundo de 48 equipes, portanto, pessoalmente, não acho que a expansão para 64 equipes deva sequer ser cogitada", complementou.

Antes do chefe da Concacaf, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, se colocou contra a ideia, assim como o principal dirigente da confederação asiática, Sheik Salman Bin Ibrahim Al Khalifa.

A ideia de Domínguez precisaria ser aprovada pela Fifa e seus órgãos internos para ser colocada em prática. Independente disso, a edição 2030 da Copa já será disputada de forma excepcional por ser sediada em seis países diferentes. Os três primeiros jogos serão na Argentina, no Paraguai e no Uruguai, em referência ao centenário do torneio, inaugurado em 1930, em solo uruguaio.
Da América do Sul, a Copa vai rumar para Espanha, Portugal e Marrocos, sedes das demais partidas.