NeymarNelson Almeida / AFP

Rio - Ex-coordenador da seleção brasileira, Juninho Paulista falou sobre o tratamento dado a Neymar enquanto esteve no cargo. Segundo o ex-jogador, o craque tinha algumas regalias, mas nunca chegou a “mandar” na equipe.
"O Neymar olha o Messi na seleção argentina com regalias. Ele olha o Cristiano Ronaldo na seleção portuguesa com algumas regalias. E aí ele vem para a seleção brasileira e é humanamente normal, porque está no nível desses jogadores, que tente algum tipo de regalia. Por ser tecnicamente o melhor jogador do Brasil. Só que aí cabe a nós mostrarmos a ele que algumas situações que não prejudique, OK. Outras, não. Na maioria dos casos, ele vai fazer o que fazem todos os jogadores", declarou Juninho ao “ge”.
O ex-dirigente chegou a comparar a situação de Neymar com a de Ronaldo Fenômeno, que viveu o mesmo na Copa do Mundo de 2002.
"Foi assim que o Felipão fez com o Ronaldo em 2002. Era uma referência técnica também para o grupo. E o Neymar entendeu perfeitamente, zero problema", completou.
Questionado se Neymar tinha autorização para receber amigos e parentes no hotel da seleção brasileira, Juninho negou.
"Não, isso é uma das coisas que não podia. Cara, você está 30 dias ali focado naquilo que você tem que fazer. Houve a permissão de familiares no momento certo, não em todo momento. Foi uma coisa que eles observaram em 2018 e que não deu tão certo e a gente mudou. Mas em termos disciplinares foi zero. Neymar, como qualquer outro jogador, foi zero de problema disciplinar", garantiu.
Assim como Tite, Juninho Paulista optou por deixar a seleção brasileira após a eliminação na Copa do Mundo de 2022, para a Croácia. Até o momento, a CBF não escolheu um substituto para o cargo de coordenador.