Jogadores do Botafogo posam para a foto oficial antes do jogo contra o Defensa y JusticiaFoto: Vítor Silva/Botafogo
Discursos após o empate na Sul-Americana mostram nova mentalidade do Botafogo
Blindado, o Alvinegro mostra não sentir a ansiedade que vem de fora para dentro do grupo
Rio - Apesar de ter sido melhor dentro de campo e de ter criado as melhores chances da partida, o Botafogo - que entrou em campo com o time misto - ficou no empate em 1 a 1 com o Defensa y Justicia, na última quarta-feira, pelas quartas da Sul-Americana. Depois do apito final, foi possível ouvir vaias e xingamentos das arquibancadas do Estádio Nilton Santos. Nas redes sociais, também foi possível ver alguns alvinegros preocupados com o futuro da equipe, que lidera o Brasileirão e está viva na briga por título na competição continental. Entretanto, essa ansiedade de parte da torcida não entra dentro do grupo.
"(Ansiedade) É de fora para dentro. O grupo não está ansioso. Um grupo que fez uma atuação como essa não sente ansiedade. Dentro do grupo, não há ansiedade nenhuma. Temos que ter o cuidado com os jogadores que chegam e que não podem ser sujeitos logo à esta pressão, que é jogar numa equipe grande, e à ansiedade de ter um torcedor que está, como nós, desejoso de chegar ao final da temporada e conquistar algo", destacou Bruno Lage, durante a entrevista coletiva após o jogo.
Na entrevista concedida por Gatito aos jornalistas na zona mista também foi possível ver como está a "cabeça" do grupo. O goleiro não falou de ansiedade e pressão, mas mostrou que a equipe está tranquila e confiante.
"A gente tem um grupo muito bom, muito fechado. Estamos confiantes, conhecemos o nosso trabalho, conhecemos nosso elenco. Nós estamos super tranquilos em relação ao próximo jogo e ao jogo da volta (na Sul-Americana). Agora temos que descansar e pensar no próximo jogo, que vai ser aqui em casa, seguir pontuando no Brasileiro", disse Gatito.
Essa nova mentalidade do Botafogo começou justamente com o técnico Luís Castro, que deixou o clube no fim do mês de junho. Em recente entrevista ao canal "GOAT", ele lembrou como encontrou o Glorioso quando chegou e como, hoje, o grupo não só tem uma mentalidade vencedora como também está blindado.
"O mais importante dos clubes é o espírito vencedor, não é o espírito miserabilista que encontrei quando cheguei. Não é o espírito de que 'somos os coitadinhos, ninguém tem respeito por nós', perdemos um jogo e parece que perdemos dez... Nada disso. A mentalidade tem que ser vencedora sempre na nossa vida. Hoje ganhamos por um, amanhã queremos ganhar por dois. Hoje sabemos dez, amanhã sabemos 20. Queremos sempre mais, e é essa a mentalidade instalada no Botafogo", contou Luís Castro.
"É uma mentalidade vencedora, mentalidade em que se formou um grupo muito forte, um grupo que se blindou, que nós tivemos que nos blindar. Quando eu disse que o Estadual tinha sido um momento fantástico para nós, eu sabia o que estava a dizer. Eu sabia como tínhamos feito o Estadual, a forma como tínhamos sido agredidos e a forma como nos tínhamos blindado. Aquela blindagem é algo que nunca mais vai ruir. Enquanto tiver aquele grupo, não vai ruir. É um grupo fantástico que não se vai deixar mexer por nada nem por ninguém", completou.
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