Santiago Rodríguez assume 'missão' de substituir Thiago Almada com a camisa do Glorioso e usará o mesmo número do argentinoVítor Silva/Botafogo

Rio - O Botafogo apresentou nesta sexta-feira (14), no Estádio Nilton Santos, o meia Santiago Rodríguez como novo reforço. O uruguaio de 25 anos foi adquirido junto ao New York City, dos Estados Unidos, e celebrou a chegada ao Glorioso como a grande movimentação da janela de transferências do início da temporada, sem fugir da responsabilidade que é substituir Thiago Almada.
Para tirar o jogador da Major League Soccer, a SAF ofereceu 15 milhões de dólares (cerca de R$ 86 milhões) fixos, mais 2 milhões de dólares (R$ 11,5 milhões) em bônus. O vínculo vai até o fim de 2028.
"Estou muito feliz de estar aqui em um clube tão grande como o Botafogo. Me sinto muito feliz e desejo que possamos repetir o que o clube ganhou ano passado, conseguindo uma Libertadores e também um Brasileirão. Me somo a uma equipe que vai brigar por tudo isso e minha mentalidade é a mesma", disse, em entrevista coletiva.
"Santi", como é conhecido desde os tempos de Nacional-URU, vestirá a camisa 23 - a mesma utilizada por Thiago Almada em 2024. Na visão do jogador, apenas uma obra do acaso. Ele se mostrou tranquilo em relação à missão de substituir o argentino e revelou motivação por chegar com status de peça de reposição ao meia, atualmente no Lyon.
"Foi uma coincidência, gosto muito do número, quando estreei pelo Nacional-URU usei esse número. Mostraram os números que estavam disponíveis e escolhi esse, é algo muito sentimental", explicou.
"Conheci o Thiago na MLS, sei o quão importante foi para o clube. Acompanhei ele na Libertadores, vi como foi importante para o clube, para os torcedores. No meu caso, talvez me veem como um substituto, mas isso não provoca nenhum tipo de pressão, pelo contrário, me motiva muito a fazer as coisas que ele fez ou talvez até melhor. Sei que é difícil, mas também confio muito em mim como jogador, há muitos companheiros que atuaram com ele na final, a base do time se manteve e vai me ajudar muito a atingir nossos objetivos", afirmou.

Confira outras falas de Santi Rodríguez em sua apresentação:

Chegada ao Brasil
"Fui muito bem recebido no Brasil, gosto muito do Rio, estou perto também do Uruguai, para mim é muito importante estar perto da minha família. Nós uruguaios gostamos muito do Brasil, o futebol aqui é muito competitivo, de alto nível."
Renato Paiva
"Os treinamentos são muito intensos, e eu gosto muito disso. E uma das coisas que me agradou é que ele foi muito sincero sobre a maneira como trabalhava, e também se interessa muito em saber como nós somos, quais são as nossas virtudes e habilidades para poder melhorá-las. E para mim o interesse (de Paiva nele quando defendia o Bahia) dele é muito importante, fico feliz por isso."
Preferência em campo
"Gosto de jogar como ponta-esquerda, mas tentando me associar ao meio, com meus companheiros para jogar coletivamente. Uma das coisas que mais falei com o Renato é que precisava me provar em outros lugares também para poder finalizar mais, não como um nove, mas como um segundo atacante, para atacar as costas dos adversários. Acredito que possa ser uma variação muito boa para o meu jogo, para o time também, porque há muitos jogadores de qualidade aqui. Será possível ver um Santiago, talvez, de mais finalização, sem perder minha essência que me fez chegar até aqui."
Mundial de Clubes
"Isso acredito que seja o mais lindo. Com o formato agora, o grupo que vamos ter, é difícil, mas não é impossível. Isso me motiva muito, acredito muito que mesmo com dois clubes como Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid, que dizem que são melhores, por serem da Europa, mas na hora ali são 11 contra 11, qualquer um pode ganhar de qualquer um. Aqui também há grandes jogadores, confio muito que possamos chegar bem longe. A mentalidade do time é ganhar joguemos contra quem for. Não há o que pensar a não ser chegar o mais longe possível e, tomara, poder conquistá-lo."