Publicado 05/08/2024 15:35
Rio - Ídolo do Flamengo com passagem marcante nas décadas de 1970 e 1980, Adílio morreu nesta segunda-feira (5) vítima de um câncer. O ex-jogador, campeão tricampeão brasileiro (1980, 1982 e 1987), da Libertadores e do Mundial (ambos em 1981), foi peça importante na virada de chave para um tradicional clube sul-americano: o Barcelona SC, de Guayaquil, no Equador.
PublicidadeAdílio chegou ao clube equatoriano no segundo semestre de 1988, aos 32 anos, após comprar seu passe e deixar o Coritiba, onde teve passagem de pouco brilho. No Barcelona, foi contratado como destaque e camisa 10. Lá, passou muito da experiência dos tempos de Gávea para ajudar em um novo futebol.
Uma de suas primeiras ações pelo Barcelona de Guayaquil foi ajudar nos trâmites para contratação de Edu, irmão de Zico, para o cargo de treinador. Adílio contou com total respaldo da diretoria e, por ser a grande referência técnica do elenco, deu os caminhos para anos de relevância.
No mesmo ano, Adílio disputou sua última edição de Libertadores. O Barcelona caiu no grupo com Filabanco, também do Equador, e os argentinos Newell's Old Boys e San Lorenzo, e terminou em terceiro apenas um ponto atrás, sem conquistar a vaga para a fase seguinte.
Apesar de sua passagem não ter sido marcada por títulos, Adílio foi importante na mudança de estilo do Barcelona, que chegou a ser vice-campeão da Libertadores em 1990 - já sem o meia brasileiro - perdendo a decisão para o Olimpia, do Paraguai. Em entrevista ao site "ge", em 2021, Adílio citou seu trabalho no clube.
Adílio marcou gols pelo Flamengo em finais do Mundial e Campeonato Brasileiro Além do Flamengo: relembre a carreira do ídolo Adílio
"Eu cheguei lá e vi que eles faziam muita falta, daí ajudei, conversei, falei que era para fazer o toque de bola, bobinho e aí o negócio cresceu. Eles jogavam diferente, não jogavam muito juntos não. Então, enquanto eu estive lá eu ajudei nisso, fiz algumas jogadas ensaiadas. Tínhamos essa vontade de mudar um pouco porque eles davam muita pancada. Eu virava e falava para tocar a bola, chegar mais leve. Até na subida de alguns jogadores na base eu ajudei. Quando podia, ensinávamos um pouco", disse.
Meses após sua saída, em 1989, o Barcelona alcançou a conquista do Campeonato Equatoriano, assim como em 1991, ainda como um legado da mudança do clube. O clube também chegou na final da Libertadores de 1998, quando perdeu para o Vasco da Gama.
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